Dorival defende 1ª convocação por volta de 'Seleção séria': ‘Tempo não pode ser bengala’
Técnico pediu que os torcedores voltem a confiar e quer aproximação entre atletas e fãs
O técnico Dorival Júnior realizou nesta sexta-feira, 1º, a sua primeira convocação no comando da Seleção Brasileira. Os primeiros compromissos serão contra a Inglaterra, dia 23 de março, e depois diante da Espanha, dia 26. Ambas as partidas serão realizadas na Europa e servem de testes para a Copa América e as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026.
Antes de anunciar a lista, Dorival explicou como foi o processo que antecedeu a decisão e afirmou que o objetivo é aproximar a Seleção dos torcedores com uma versão ‘concentrada e séria’. “Jogadores promissores, observados, acompanhados de perto e que com certeza no processo, merecendo, terão suas oportunidades. Procuramos fazer um apanhado geral de tudo que está acontecendo, fizemos muitas reuniões lá fora, com muitos jogadores e nem todos aqui estão. Poderão estar futuramente, mas tentamos fazer uma seleção que volte a nos representar de uma maneira muito séria, concentrada, focada e com conhecimento do que representa vestir uma camisa como a nossa. Acreditem neste trabalho, tenham confiança, a partir do momento em que passemos a confiança. Mas que voltem a viver o mundo da nossa seleção. É tudo que queremos que aconteça.”
“Sei que a relação vai se aproximar com o tempo, ela vai ter a cada dia mais um momento em que nós consigamos passar tudo que queremos e desejamos e o torcedor sinta confiança no grupo”, completou.
Antes da convocação, o técnico viajou para Europa e conversou de perto com vários nomes chamadas: “Nos debruçamos em cima de muitos jogos, contatos, telefonemas, viagens. É um trabalho minucioso, tentando naturalmente buscar o que temos de melhor neste momento. Natural que em cima de uma convocação muitas coisas aconteçam, teremos 15 dias até o momento em que estejamos próximos da primeira partida.”
“De repente algo possa ter que ser alterado desta lista. Por outro lado, quero colocar que nenhuma reformulação pode ser feita de maneira radical. Ela necessita de uma mudança contínua e pautada em cima do reconhecimento que alguns dos atletas fizeram ao longo dos anos por merecerem estar onde estiveram e naturalmente vão continuar. Observarmos muito bem a chegada de jovens, oriundos de algumas de nossas seleções, como nas equipes que jogam nossos campeonatos nacionais”, analisou.
Dorival ainda falou sobre a pressão por resultados. Em crise, a seleção brasileira não vence há quatro partidas e é apenas a sexta colocada nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. “Vivemos a vida em busca de resultados, não tem como fugirmos. É natural que todos estejam na expectativa de uma estreia em que voltemos a jogar dentro daquilo que estamos acostumados nossa seleção. Isto já vinha sendo mostrado nos últimos jogos, independente dos resultados. Não vai ser diferente. Teremos um tempo mínimo, sabemos e não pode ser uma bengala para que de repente nos peguemos nesses fatos e não tenhamos uma equipe competitiva. Temos de fazer o melhor sempre, colocar uma equipe para brigar com qualquer seleção do mundo em igualdade. Tempo é o que não temos, mas precisamos acelerar este processo e é o que estamos acostumados a fazer em todos os clubes, em que precisamos de resultado para ontem, não para amanhã. É um costume já enraizado em todos nós.”