Luiz Felipe Scolari foi abordado sobre a onda de manifestações populares no Brasil, nesta terça-feira, em Fortaleza. O treinador da Seleção, entretanto, evitou a quase todo instante qualquer tipo de posicionamento mais direto. Em suma, declarou que a equipe tem papel reduzido dentro desse contexto. Negou ainda a possibilidade de que a população possa se voltar contra a Seleção em algum momento da Copa das Confederações.
"No que podemos interferir? Trabalhamos em um setor que pode barrar ou abrir as portas para alguém? Outras áreas devem manobrar de acordo com o que acham mais correto", disse Felipão com alguma provável menção ao governo, na véspera de partida contra o México, no Estádio Castelão. "O que temos que fazer é o nosso trabalho. Podemos ver, assistir, ter opiniões, mas não interfere no nosso trabalho", acrescentou, para falar sobre alguma possível reação adversa.
"A Seleção é do povo. Somos povo. Acho que estamos dando ao povo e aos torcedores aquilo que eles mais querem. Ou seja, que (a Seleção) vá crescendo e possa empolgar, realmente representar o Brasil na área futebolística de acordo com os anseios da população", afirmou Luiz Felipe Scolari.
Ainda sobre o relacionamento com o povo, o treinador também falou sobre treinos abertos ou fechados para os torcedores. Na segunda, uma aglomeração de cerca de 4 mil cearenses se formou no Estádio Presidente Vargas. Felipão solicitou insistentemente para que os portões se abrissem, o que quebrou protocolo da Fifa.
"Tem normas que nos são impostas, não são nossas, e conseguimos a não ser brigando. Na medida do possível tentamos uma aproximação muito maior nossa e das pessoas nos nossos treinamentos", explicou.
Antes do treino no Castelão para a partida de quarta-feira contra o México, o treinador Luiz Felipe Scolari concedeu entrevista ao lado do atacante Hulk
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Felipão vem bancando Hulk no time titular do Brasil, apesar de parte da torcida pedir a entrada do meia-atacante Lucas, do Paris Saint-Germain
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Hulk, desta forma, deve seguir entre os titulares do ataque brasileiro na partida desta quarta, às 16h (de Brasília)
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Hulk se mostrou favorável à onda de protestos contra o governo que vêm ocorrendo no Brasil e no mundo nos últimos dias
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"A gente sabe destes manifestos e que eles têm total razão. O que eles querem faz sentido. Temos que dar ouvido ao manifesto", disse o atacante, que joga no Zenit, da Rússia
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"O Brasil precisa melhorar em muitas coisas. Faz sentido porque a gente sente, a gente sabe que é verdade", acrescentou o paraibano
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"Acho que a pessoal tem imagem que a gente só vive por futebol. Mas nós nos preocupamos com o que se passa fora do campo. Sabemos que eles estão certos, eles sabem que o Brasil pode dar um salto muito alto", argumentou Hulk, legitimando as manifestações
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Já Felipão preferiu não tomar partido sobre as manifestações e disse que os protestos não interferem na Seleção
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"No que podemos interferir? Trabalhamos em um setor que pode barrar ou abrir as portas para alguém? Outras áreas devem manobrar de acordo com o que acham mais correto", questionou
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Felipão ainda acredita que a Seleção não tem decepcionado a torcida brasileira nas últimas exibições
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"A Seleção é do povo. Somos povo. Acho que estamos dando ao povo e aos torcedores aquilo que eles mais querem. Ou seja, que (a Seleção) vá crescendo e possa empolgar, realmente representar o Brasil na área futebolística de acordo com os anseios da população", declarou