Gabriel Jesus exalta coletivo e assegura ajuda na defesa
Atacante promete que fará função defensiva sem a bola contra a Suíça e na sequência do torneio
Philippe Coutinho, Willian, Neymar e Gabriel Jesus compõem o quarteto ofensivo da seleção brasileira, que conta com apenas um volante de mais pegada - Casemiro. A escalação da equipe nacional para a estreia na Copa do Mundo indica a necessidade de os atacantes exercerem função dupla, também ajudando na marcação no duelo de domingo com a Suíça, em Rostov, e na sequência da competição. A situação é encarada com naturalidade pelo atacante do Manchester City.
"Faço isso desde quando subi para o profissional, quando jogava de ponta esquerda, sempre voltava para contribuir com o lateral, me dedicando e ajudando a equipe. Sempre vou fazer isso, até onde meu corpo deixar, por muitos anos ainda", afirmou Gabriel Jesus, também apontando que da ação defensiva de um atacante pode surgir um gol do Brasil.
"Uma roubada de bola e a pressão contam muito para que o time possa retomar a posse, iniciar o contra-ataque e fazer um gol. Acredito muito nisso. A seleção vem mostrando que podemos jogar não só com a bola, mas sem a bola também, sermos eficientes, ajudando ao máximo", acrescentou o atacante em entrevista coletiva nesta quinta-feira em Sochi, palco da fase final de preparação do Brasil para a Copa.
Mas mais do que ajudar na marcação, o quarteto ofensivo do Brasil tem a necessidade de liderar a equipe e conduzi-la ao sexto título mundial. Gabriel Jesus sabe que a responsabilidade de gols passa por ele, Neymar, Willian e Coutinho, mas rejeita que a equipe seja dependente deles para conquistar as vitórias.
"O coletivo do Brasil é muito forte. A gente vem jogando e mostrando que mesmo quem tem entrado ajuda. O nível continua o mesmo com as trocas, ou até mais alto. Para a bola chegar limpa nos atacantes, lá atrás o passe tem que ser bom", comentou Gabriel Jesus, artilheiro do Brasil sob o comando de Tite, com dez gols.
Além disso, Gabriel Jesus apontou que o título pode colocar o seu nome e o dos companheiros na história da seleção brasileira, algo que ele admite almejar. "Quero colocar meu nome na história do Brasil, sem apagar o dos outros. Temos que conhecer nossos ídolos, exaltar os que fizeram história e ganharam muito com a camisa da seleção", concluiu o atacante de apenas 21 anos.