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Galvão critica queda da Seleção: "jamais vi tão medíocre"

30 jun 2015 - 08h40
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Poucos ficaram tão revoltados com a eliminação da Seleção Brasileira da Copa América quanto o narrador Galvão Bueno. No programa Bem, Amigos! desta segunda-feira, o jornalista da Rede Globo não poupou críticas à equipe comandada por Dunga, mandada para casa mais cedo após mais uma derrota nos pênaltis para o Paraguai.

As cutucadas ao time organizado pela CBF partiram do discurso de abertura da mesa-redonda. "Diz que raio não cai duas vezes no mesmo lugar? Às vezes cai. E quando cai faz um estrago. Foram quatro anos separando as duas eliminações do Brasil em Copa América nas quartas de final, mas eu diria que essa foi a pior, a mais medíocre participação do futebol brasileiro em todas a história da Copa América e olha que eu estou desde 1983. São 32 anos de Copa América. Jamais vi uma tão medíocre, que fere a história que pessoas como Ronaldo e Roberto Carlos construíram através dos anos", declarou Galvão, introduzindo os convidados pentacampeões do programa.

Apresentador e narrador da Globo disse ser a pior performance brasileira que já viu em Copa América
Apresentador e narrador da Globo disse ser a pior performance brasileira que já viu em Copa América
Foto: Instagram / Reprodução

O apresentador utilizou a transmissão para exibir um novo livro sobre Bellini, capitão do primeiro título de Copa do Mundo da história do Brasil e criador do gesto de erguer a taça em 29 de junho de 1958, data que fazia aniversário de 57 anos na segunda-feira. A lembrança provocou mais uma série de críticas de Galvão.

"Há 57 anos se começava a contar essa história de grandes momentos, alegrias, partidas inesquecíveis. Quando digo que foi a participação mais medíocre de todas as Copas América fizemos quatro jogos com duas vitórias, uma derrota e um empate seguido da derrota nos pênaltis. Não jogamos com o Uruguai, não jogamos com a Argentina, não jogamos com o Chile, dono da casa", destacou o narrador, que não parou por aí.

Brasil caiu mais uma vez nos pênaltis para o Paraguai
Brasil caiu mais uma vez nos pênaltis para o Paraguai
Foto: Raul Sifuentes / Getty Images

"Vitória sobre o Peru de virada com gol aos 47min do segundo tempo. Uma vitória sobre a Venezuela por 2 a 1 terminando no sufoco, com o time acuado, sufocado dentro da área para evitar o empate. Uma derrota para a Colômbia onde se olhava os jogadores e se via, a partir dos 30min do segundo tempo, todo mundo olhando para baixo. Não tinha um Roberto (Carlos ), um Ronaldo para gritar, alguém que gritasse 'bora, vamos atrás desse lance'. Era um time caído, abatido, com a mesma expressão de abatimento do 7 a 1 (para Alemanha na semifinal da Copa do Mundo) e depois do 3 a 0 (para Holanda, na decisão do terceiro lugar). É muito triste", lamentou.

As observações iniciais foram concluídas com o destaque para a atenção que a população presta à Seleção Brasileira, pois apesar dos resultados pífios, as partidas da Copa América tiveram boa audiência.

"Os números de audiência comprovam e provam que o torcedor não abandonou a Seleção. Foi uma audiência espetacular contra o Paraguai. Só que o torcedor não quer ver a Seleção jogando assim. Não quer ver a Seleção dirigida dessa forma. Não quer ouvir um monte de história sem pé nem cabeça. É preciso pensar muito bem nisso. Está na hora de varrer muita coisa no futebol brasileiro", concluiu Galvão, que dirigiu um programa com um clima evidente de baixo-astral, com cutucadas principalmente aos jogadores e comissão técnica envolvidos na eliminação.

Fonte: Terra
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