Parecia que não daria para ficar pronto a tempo, mas o trabalho nas obras do Estádio Hailé Pinheiro, conhecido como Serrinha, se intensificou e o complexo irá receber a Seleção Brasileira; para isso acontecer, o Goiás precisou contar com uma mudança polêmica em um projeto de lei do Governo de Goiás, que repassou R$ 2,5 milhões, cerca de 60% do valor total da reforma que custou R$ 4 mlhões
Foto: MEI João Paulo Bezerra Di Medeiros - Especial para o Terra
Para estar pronto para o único treino comandado Luiz Felipe Scolari no local, já que o grupo verde e amarelo realização as outras movimentações no CT Edmo Pinheiro, a reformulação foi profunda nos vestiários e o gramado do campo ganhou padrão Fifa
Foto: MEI João Paulo Bezerra Di Medeiros - Especial para o Terra
O estádio é pouco utilizado pelo Goiás devido a sua pequena capacidade de público - normalmente o time manda apenas jogos do Campeonato Goiano e fases iniciais da Copa do Brasil; no entanto, existe o sonho da diretoria esmeraldina de construir uma arena para cerca de 25 mil torcedores na Serrinha
Foto: MEI João Paulo Bezerra Di Medeiros - Especial para o Terra
A grama do tipo esmeralda, alvo de crítica de vários jogadores do Goiás por ser muito fofa, foi substituída pela grama bermuda celebration - esse tipo de grama estará nos estádios da Copa das Confederações e da Copa do Mundo e é indicada pela Fifa
Foto: MEI João Paulo Bezerra Di Medeiros - Especial para o Terra
No prédio dos vestiários, houve um aumento de 200 para 1.500m² de área construída. O complexo possui vestiário de mandante, de visitante, de arbitragem e uma sala de imprensa
Foto: MEI João Paulo Bezerra Di Medeiros - Especial para o Terra
Um dos responsáveis pela obra, o engenheiro Eduardo Júnior, explicou que a construção teve de seguir exigências da Confederação Brasileira de Futebol
Foto: MEI João Paulo Bezerra Di Medeiros - Especial para o Terra
''Foi feito um vestiário no padrão da Seleção. É um vestiário onde exigiram que fosse climatizado, com área de aquecimento interna, hidromassagem. O que há de melhor foi feito aqui'', explicou Eduardo Júnior
Foto: MEI João Paulo Bezerra Di Medeiros - Especial para o Terra
Desde que ficou sabendo que receberia a Seleção, a diretoria do Goiás acelerou as obras no Estádio da Serrinha, e também no CT Edmo Pinheiro onde reformou campos, para conseguir receber a Seleção; presidente do clube, João Bosco Luz, lembrou do início das obras e de como o Goiás se esforçou para servir a CBF
Foto: MEI João Paulo Bezerra Di Medeiros - Especial para o Terra
O esforço do Goiás e do governador Marconi Perillo, que afirmou que faria qualquer modificação para receber a Seleção, tem como um dos seus objetivos tentar cativar à Seleção para transformar o estádio em seu centro de treinamento para a Copa do Mundo de 2014
Foto: Celso Paiva / Terra
Um fato curioso ameaçou que o cronograma fosse cumprido. No dia 14 de maio, o presidente do Goiás, João Bosco Luz, revelou que um suspeito tentou subornar o mestre de obras para que ele atrasasse o ritmo do trabalho e atrapalhasse a entrega no prazo
Foto: Celso Paiva / Terra
João Bosco disse à época que um homem desceu de um carro e ofereceu dinheiro para que o mestre de obras não terminasse a obra a tempo de atender a Seleção; assustado, o presidente adotou como medida o uso de segurança armada no local da reforma
Foto: Celso Paiva / Terra
Compartilhar
Publicidade
Se já não bastasse o fato de ter recebido apenas um dos seis treinos realizados pela Seleção Brasileira em Goiânia, o Estádio da Serrinha tem curto prazo de validade. De aproximadamente dois anos, afirma João Bosco Luz, presidente do Goiás, em entrevista ao Terra.
A Serrinha foi revitalizada exclusivamente com o objetivo de servir à Seleção e recebeu investimentos de R$ 4 milhões, dos quais R$ 2,5 mi provém do governo estadual. Foram disponibilizados pela lei estadual do ProEsporte, alterado para enquadrar o Goiás no benefício. O Ministério Público investiga as obras. Mas de acordo com João Bosco Luz, não deve durar muito.
"Dentro de dois ou três anos, demoliremos toda a Serrinha. Pretendemos fazer uma arena e jogaremos tudo no chão", afirmou o presidente João Bosco. "O governo gastou R$ 2,5 milhões, mas dentro de dois ou três anos jogaremos mesmo no chão", acrescentou.
Para receber a Seleção na sede social, o Goiás construiu um novo campo, rebaixou e trocou o gramado principal, que tem o mesmo padrão da Copa do Mundo. Ainda fez novos vestiários e construiu muros para oferecer mais segurança. Em razão da falta de privacidade, a comissão técnica brasileira optou por utilizar o Centro de Treinamento Edmo Pinheiro, onde também dispõe de aparelhos de musculação.
"Aqui sim ficará para o Goiás", disse o presidente. Sobre a Serrinha, ele confirma que o plano foi todo realizado para atender à CBF. "As melhorias do CT não foram feitas com o objetivo de sediar os treinos da Seleção. Para a Seleção foram na Serrinha".
Na quarta pela manhã, a Seleção Brasileira faz o último treino em Goiânia antes de partir até Brasília para abrir a Copa das Confederações. A CBF ainda não confirma o local da atividade, mas a programação original também não previa visita à Serrinha, mas sim ao CT Edmo Pinheiro.
<a data-cke-saved-href="http://esportes.terra.com.br/infograficos/monte-selecao-copa-confederacoes/iframe.htm" href="http://esportes.terra.com.br/infograficos/monte-selecao-copa-confederacoes/iframe.htm">veja o infográfico</a>