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Há espaço para o surgimento de um novo Zagallo?

Terrabolistas comentam sobre a paixão que o Velho Lobo, que morreu nesta sexta-feira (5/1) aos 92 anos, tinha pela Seleção. Isso existe hoje?

8 jan 2024 - 12h06
(atualizado às 13h14)
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Foto: Reprodução de Youtube do Terra - Legenda: Rafa Prado foi um dos analistas do programa Terrabolistas desta semana / Jogada10

Zagallo, que morreu nesta sexta-feira, aos 92 anos,  com falência múltipla de órgãos, foi exaltado neste primeiro Terrabolistas de 2024.

  • Leandro Chaves: "É o cara que mais amou a Seleção Brasileira."
  • Aline Küller: segundo ela, foi uma perda, uma lenda que marcou a vida de muitos. "E ele vai embora num momento terrível da CBF", disse.
  • Luana Nunes: "Zagallo nos mostrou que sucesso também é fruto da resiliência e paixão"
  • Rafa Prado comentou que o Velho Lobo exemplificava uma paixão que hoje em dia parece não mais existir. " Ele pode não ser o melhor, mas é o maior nome da Seleção Brasileira. Mudou o jogo tático. Além disso, colocou em prática algo pouco utilizado atualmente, que é o brio. Atualmente nós nos pegamos no aspecto tático e técnico. Mas futebol também é brio".

Outra questão que surgiu no programa: há espaço para se ter um novo apaixonado pela Seleção, como o maior campeão de Copas do Mundo? Aline Küller disse que esta paixão foi caindo aos poucos para as últimas gerações. Depois de grande sucesso em 1994, 1998 e 2002, veio a equipe de 2006, fantástica, mas que morreu na praia, nas quartas para a França. E a partir de 2010, queda abaixo.

"Em 2010  o astro era o Kaká, mas não era povão. Robinho tinha apelo popular maior. Mas não conseguiu sucesso. E  a "coroação" veio em 2014. O Brasil já estava dividido com a questão politica, o papo de que não teria Copa em nosso país, a derrota por 7 a 1″.

Derrocada da Seleção Brasileira?

Rafa Prado considera que foi justamente a geração de 2006 que marcou o início da derrocada:

"Foi a partir do fim da Copa da Alemanha que tudo passou a ficar mais vazio. A Seleção passou a ficar mais afastada do público. Se jogou muito mais em Londres do que no Brasil. Enfim, jogadores com pouca intensidade, os melhores fora do país, o distanciamento da Seleção e a polarização política são determinantes".

Qual a morte que teve mais comoção no Brasil?

Aline Küller fez uma análise polêmica. Para ela, a morte de Zagallo comoveu mais o país do que Pelé.

"A comoção da morte de Pelé no Brasil foi decepcionante. Lá fora foi muito maior do que aqui", disse  Aline.

Rafa Prado considera que uma série de fatores pode ter feito alguma diferença a favor de Zagallo:

"A questão pessoal do Pelé pega muito. E foi mal contada. Pelé ficou muito marcado. Além disso, teve um nicho da população negra, a ideia de que ele não ajudou muito, o que é uma mentira.  Já o Zagallo tem muito de abraçar o atleta, de emoção, tipo um salvador da pátria, um técnico paizão, muito carisma e muito amoroso", disse Rafa, lembrando que o Velho Lobo é querido por todos, que todos gostam, principalmente no Rio, onde jogou e treinou passando por todos os todos os grandes e é idolatrado.

Terrabolistas

O programa Terrabolistas pode ser visto, ao vivo, pelo YouTube todas as segundas-feiras, às 10h (de Brasília). Mas quem perder pode acompanhar no canal do Terra. Para acompanhar o programa desta semana, é só clicar abaixo.

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