Inseguro? Jefferson volta a dar sustos em eliminação
Jefferson tem uma zaga que qualquer goleiro do mundo gostaria de ter. Se perguntasse para qualquer arqueiro, a maioria escolheria Miranda e Thiago Silva. Não o Thiago Silva que põe a mão na bola, para deixar claro. Tem na direita um lateral experiente como Daniel Alves e na esquerda um lateral que, como ele mesmo disse, não joga para a galera, que é Filipe Luís. Ainda assim o camisa 1 do Brasil está inseguro, saindo mal do gol, titubeante.
Foi assim com um minuto de jogo contra o Peru nesta Copa América, em Temuco. Taffarel, que é seu treinador na Seleção, admitiu a falha, mas disse que Jefferson faz um bom trabalho no Botafogo e chega sempre bem nas convocações. Mas ao longo de toda a competição o goleiro não anda inspirando a confiança necessária em sua zaga.
É certo que perdeu a reta final do Campeoanto Carioca por conta de uma lesão no joelho, que o obrigou a operar e ficar um período em recuperação. Quando voltou, pouco antes da Copa América, jogou pela Série B do Brasileiro pelo Botafogo, onde o nível de exigência pode ser menor. Mas nada disso pode ser usado como desculpa.
Jefferson está com a Seleção há 27 dias, fez seis jogos. Não pode reclamar de falta de ritmo. Sem Diego Alves, que se lesionou antes da competição, não pode nem reclamar de pressão da concorrência, porque, apesar de ótimos goleiros, Neto e Marcelo Grohe não parecem lhe fazer sombra. Talvez a camisa e a responsabilidade esteja pesando. Pode até ser.
Mas Seleção Brasileira é assim. É preciso mais. Contra o Paraguai deu vários sustos em lances fáceis, em saídas de bola tranquilas. Obrigou seus zagueiros a dar chutões e por muito pouco não repetiu o lance contra o Peru. Também é certo que salvou uma bola em cima da linha, que seria o empate paraguaio e não teve culpa nos pênaltis. Mas para ser goleiro da Seleçao Brasileira é preciso muito mais.