Lembra da estreia de Dunga como técnico? Veja 8 curiosidades
Em 16 de agosto de 2006, começou a primeira passagem de Dunga como técnico da Seleção Brasileira, em um amistoso contra a Noruega. Nesta sexta-feira, mais de oito anos depois, ele vai reestrear no comando da equipe, em uma situação que é parecida, mas tem diferenças sutis e algumas curiosidades. O time nacional enfrentará a Colômbia a partir das 22h (de Brasília), em amistoso disputado em Miami (EUA).
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O primeiro jogo de Dunga como treinador foi contra a Noruega, país que nunca perdeu para o Brasil - foram dois empates e duas vitórias dos europeus. Em 2006, o resultado foi de 1 a 1 em Oslo e decepcionou muito a torcida, que esperava mudanças.
A missão de Dunga naquela época era parecida com a vivida agora. Ele precisava resgatar a Seleção após um fiasco - na Copa de 2006 o Brasil vinha de mais uma derrota para a França, em uma atuação apática nas quartas de final. Dessa vez o vexame foi ainda maior, já que o 7 a 1 contra a Alemanha ainda é uma "ferida aberta", como definiu o próprio técnico.
Veja as principais semelhanças e diferenças dos primeiros jogos das passagens de Dunga como técnico:
Semelhança: base da Copa no time titular
Apesar de colocar algumas novidades na convocação, Dunga sempre preferiu usar experientes no time titular. Contra a Noruega, o onze inicial teve nove jogadores que estavam na Copa. Apenas Elano e Daniel Carvalho foram as novidades. Contra a Colômbia serão só três: Miranda, Filipe Luis e Diego Tardelli. Os outros oito serão jogadores que estavam na Copa.
Semelhança: Robinho, Maicon e Marcelo
(Crédito da foto: Bruno Domingos/ Mowa)
Três jogadores convocados para aquele jogo contra Noruega continuam na Seleção, mesmo após oito anos. Dunga voltou a chamar Robinho, Maicon e Marcelo. Naquela oportunidade o único titular foi o atacante, que fez dupla com Fred no ataque. Dessa vez o único titular será Maicon.
Semelhança: "brasileiros" no banco
(Crédito da foto: Rafael Ribeiro/ CBF)
Em 2006, Dunga chamou poucos jogadores que atuavam no Brasil e ainda os deixou no banco de reserva. Além de Marcelo, o volante Jônatas e os meias Morais e Wagner era as opções. Eles vinham de uma boa fase recente e mantiveram esse bom nível por pouco tempo, então certamente Dunga não se arrepende disso. Em 2014, os "brasileiros" são Gil, Elias, Everton Ribeiro, Ricardo Goulart, Diego Tardelli, Jefferson e Robinho. Com exceção do goleiro e do atacante do Santos, que já têm moral conquistada com Dunga, os outros cinco ainda precisarão construir uma carreia mais duradoura para terem mais chances com Dunga.
Marcelo era uma grande novidade
(Crédito da foto: AFP)
Vale destacar uma curiosidade sobre Marcelo: ele foi uma das grandes surpresas de 2006, porque ainda era um jovem de 18 anos que começava a se destacar no Fluminense - meses depois foi contratado pelo Real Madrid. Apesar do potencial, ninguém esperava que ele fosse chamado. Passados oito anos, ele já disputou uma Copa do Mundo, em 2014, mas perdeu moral. Foi chamado apenas em cima da hora, depois que Alex Sandro se contundiu, e acabou deixando a vaga de titular para Filipe Luis. Será reserva contra a Colômbia.
Invasão de corintiano
(Crédito da foto: AFP)
O jogo de 2006 teve um invasor velho conhecido dos brasileiros: o corintiano Albert Monte, que já tinha entrado em campo na partida da Seleção Brasileira contra a Alemanha, pela Copa das Confederações, e na final do Mundial de Clubes, em 2005. Desta vez, aos 32min, ele invadiu com um chapéu de viking nas mãos e foi em direção a Soskjaer, mas foi contido pelos seguranças.
Diferença: retrospecto
(Crédito da foto: Ricardo Matsukawa/Terra)
A Noruega nunca venceu o Brasil. Já a Colômbia é freguês desde sempre. A equipe nacional tem 16 vitórias no currículo, 2 derrotas e 8 empates contra ela. O único porém é que Dunga não venceu a Colômbia como técnico - empatou por 0 a 0 nos dois jogos das Eliminatórias para a Copa de 2010.
Diferença: capitão
(Crédito da foto: AFP)
Sem Cafu, Dunga queria outro perfil de capitão a partir de 2006. Teria que ser um "xerifão", que gritasse e orientasse o time em campo, como era ele próprio no tetracampeonato de 1994. Por isso o zagueiro Lúcio foi escolhido. Em 2014, porém, a situação é outra: Neymar será o novo capitão, principalmente por causa da sua liderança técnica com a bola nos pés.
Gol de renegados
(Crédito da foto: AFP)
O único gol do Brasil contra a Noruega foi criado por jogadores que hoje estão muito em baixa. O centroavante Fred, tão criticado recentemente, era um dos melhores em campo e fez uma boa assistência. Quem chutou foi Daniel Carvalho, que depois teve uma carreira abaixo da crítica e se aposentou precocemente, aos 30 anos.