Mais leve, Tite faz penúltima convocação como técnico da Seleção Brasileira
Treinador vai se despedir do comando brasileiro depois da Copa do Mundo do Qatar e passou por entrevista com bom humor
O sorriso solto, as brincadeiras, as risadas e o sentimento de aprendizado. Na penúltima convocação como treinador da Seleção Brasileira, Tite parece mais leve do que nunca mesmo contando os dias para a segunda Copa do Mundo da carreira a partir de novembro. Quando anunciou os 26 nomes para os amistosos da próxima Data Fifa, o técnico deu talvez sua entrevista mais descontraída desde que foi contratado.
Nem mesmo a pressão para convocar Pedro fez Tite perder o bom humor. Nos últimos dias, o treinador brincou várias vezes sobre o assunto, riu dos pedidos e levou com descontração um dos grandes clamores populares desse fim de ciclo. O que não tira, por exemplo, a cautela na hora de responder qualquer questionamento. O longo silêncio antes de confirmar que conversou com Dorival Jr sobre o centroavante mostram calma.
Ao falar sobre Guilherme Arana, Tite ressaltou o lado humano que tanto gosta de mostrar que existe dentro da Seleção. Com os mais de 120 nomes testados ao longo do ciclo para o Mundial do Qatar, o treinador faz questão de não fechar portas publicamente. No caso do lateral, admitiu uma difícil conversa depois da lesão multiligamentar na última rodada do Brasileirão.
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- É muito duro para mim falar com Arana, comovente, de repente ele começou a chorar e eu não sabia que fazer do outro lado. Aí ele disse para mim: 'tu me ensinou a ser corajoso, professor!'". Quando a gente falou com o Arana, passamos toda a energia, que ele sinta o momento, não vai tirar a dor, que ele entenda, que ele possa sair dessa situação espiritualmente mais forte, e que ele siga a careira bonita que ele tem. Foi essa a mensagem que a gente já traduziu ontem a tarde - disse Tite.
Se Tite está contando as horas para a Copa do Mundo, ele também faz a regressiva para deixar de "estar" técnico da Seleção Brasileira. Falta pouco. Em 7 de novembro ele sentará pela última vez no auditório da sede da CBF, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, para dar a tão esperada lista final de quem irá ao Qatar. Na menor preparação da história, terá o grupo unido em busca do hexacampeonato.
- Eu deixo vocês terem esta resposta quando o trabalho terminar. Tem duas respostas prontas. Se nós tivermos nosso êxito em chegar à final, com o sonho de ser campeão, vai ratificar que os processos têm que ser respeitados. Da mesma forma, se não chegar e não ser campeão, vai ficar a imagem de que não precisa respeitar os processos. O que queremos é ter o discernimento, a serenidade para que possamos fazer o melhor trabalho possível e depois termos uma melhor avaliação.