Na manhã desta sexta-feira (14), cerca de 800 sem-teto protestaram em Brasília contra a Copa das Confederações
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
A manifestação aconteceu no entorno do Estádio Nacional Mané Garrincha
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A ação seria organizada pelo Movimento Copa Pra Quem?, que integra diversos movimentos sociais entre eles, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST)
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Os manifestantes alegam que os terrenos vazios na região do estádio poderiam virar moradias populares
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Foi interditada a parte do acesso à região da arena, que recebe o jogo Brasil x Japão pela primeira rodada do Grupo A da Copa das Confederações
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Os manifestantes queimaram pneus no meio da avenida e fizeram barricadas
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Segundo os organizadores, o custo da reforma do estádio que superou, R$ 1,2 bilhão segundo relatório do deputado federal Romário, foi todo bancado pelo governo do Distrito Federal
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O DF, por sua vez, levantou a verba vendendo terrenos da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) à iniciativa privada
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O grupo já havia feito semelhante protesto na inauguração do estádio para pedir moradias
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Segundo o MTST, mais de 1,5 mil famílias estão desabrigadas em Brasília e nas cidades-satélites
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Na véspera da abertura da Copa das Confederações, em Brasília, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, criticou manifestações contrárias aos grandes eventos esportivos que pararam o trânsito na capital federal na manhã desta sexta-feira, na região do Estádio Mané Garrincha. Segundo o ministro, "há direito de as pessoas se manifestarem desde que não incorram em abusos".
"A liberdade de manifestação é garantida, isso temos de assegurar. O que não podemos ter nunca é liberdade de expressão prejudicando o direto de outros, abusando dessa liberdade que a Constituição dá", avaliou Cardozo. "Estamos preparados para enfrentar as situações de segurança dos grandes eventos garantindo essa possibilidade", garantiu.
Pela manhã, os manifestantes queimaram pneus, o que resultou em uma densa cortina de fumaça preta, que podia ser vista a metros de distância do local. Apesar disso, o movimento é pacífico e não houve confronto com a polícia.
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A lista de reivindicações dos manifestantes tem mais de 10 itens, e inclui: pedido de auditoria externas nas contas do Mané Garrincha e compromisso de não privatização do local, construção de habitações populares, compromisso da Terracap (companhia imobiliária do DF) de suspender licitação de terras públicas para que essas áreas sejam destinadas à construção de moradias populares, construção de mais áreas de lazer no DF, reforma das calçadas da cidade e estruturação dos plantões dos conselhos tutelares, entre outros.
"É evidente que existem pessoas que talvez não quisessem grandes eventos no Brasil. Eu acho que seria equivocado fazê-lo, embora a maioria festejou quando nós trouxemos a Copa do Mundo para cá e a Olimpíada para cá. Há direito de as pessoas se manifestarem desde que não incorram em abusos", disse o ministro.
Na avalição de José Eduardo Cardozo, os manifestantes não devem prejudicar a imagem do Brasil. "Se as pessoas quiserem manifestar relativamente a sua contrariedade a grandes eventos ou qualquer coisa, têm direito de fazê-lo, mas nunca prejudicando a imagem do País, nunca criando uma conturbação à ordem pública", disse.
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