O atacante da Neymar comentou, na tarde desta quarta-feira, a série de protestos que ganhou a adesão de milhares de brasileiros em todo o País, e afirmou que entrará em campo hoje, para a partida contra o México pela Copa das Confederações, inspirado pela mobilização.
“A única forma que tenho de representar e defender o Brasil é dentro de campo, jogando bola... E a partir deste jogo, contra o México, entro em campo inspirado por essa mobilização”, disse em um trecho do post feito no Instagram publicado junto com uma bandeira brasileira.
“Triste por tudo o que está acontecendo no Brasil. Sempre tive fé que não seria necessário chegarmos ao ponto de 'ir para as ruas' para exigir melhores condições de transporte, saúde, educação e segurança. Isso tudo é obrigação do governo”, escreveu o atleta.
O jogador aproveitou para declarar seu amor pelo Brasil. “Meus pais trabalharam muito para poder oferecer pra mim e pra minha irmã um mínimo de qualidade de vida... Hoje, graças ao sucesso que vocês me proporcionam, poderia parecer demagogia minha - mas não é - levantar a bandeira das manifestações que estão ocorrendo em todo o Brasil. Mas sou brasileiro e amo meu País”, afirmou.
Neymar defendeu as reivindicações populares dos manifestantes que estão indo às ruas, e disse que representa e defende o País dentro do campo. “Também quero um Brasil mais justo, mais seguro, mais saudável e mais honesto! A única forma que tenho de representar e defender o Brasil é dentro de campo, jogando bola... E a partir deste jogo, contra o México, entro em campo inspirado por essa mobilização...#TamoJunto”, concluiu.
Brasil e México se enfrentam nesta quarta-feira, a partir das 16h, no Estádio do Castelão, em Fortaleza.
Clima de manifestações contra os mais variados temas seguiu firme em todo o País nesta terça-feira; em Belo Horizonte, não foi diferente
Foto: Diego Garcia / Terra
Cerca de três mil pessoas foram às ruas protestar contra os mais distintos assuntos, como transporte público e remunerações, mas o que se viu nas ruas da capital mineira foi, principalmente, um clima de indignação contra a realização da Copa das Confederações 2013 e da Copa do Mundo 2014 no Brasil
Foto: Diego Garcia / Terra
Passeata saiu da UFMG por volta das 17h20 desta terça-feira; o que se viu em sua maioria foram estudantes insatisfeitos com a realização do Mundial no País
Foto: Diego Garcia / Terra
Ao longo da passeata, constatou-se centenas de faixas e cartazes protestando contra a realização da Copa das Confederações e da Copa do Mundo no Brasil
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Se o foco principal das manifestações era antes o aumento das passagens no transporte público, hoje as exigências se diversificaram e apontam, em grande parte, aos torneios de futebol
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A promessa é que os protestos continuem na capital minera ao longo da semana, assim como em todo Brasil
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Apesar de o Mundial ter sido confirmado no País desde 2007, só agora a população passou a reclamar, principalmente pelos gastos excessivos com estádios e com o tratamento diferenciado dado às exigências da Fifa
Foto: Diego Garcia / Terra
Belo Horizonte volta a receber uma partida da Copa das Confederações apenas no sábado, quando Japão e México se encaram
Foto: Diego Garcia / Terra
Na última segunda, enquanto Taiti e Nigéria se enfrentavam, 20 mil foram às ruas protestar contra tarifas de ônibus, ajustes salariais, Copa do Mundo e governo, entrando até em conflito contra a PM. A batalha do povo contra o sistema deve continuar nos próximos dias