Novo tropeço aumenta desgaste de Tite na Seleção
Vai ser tensa a viagem de volta da comissão técnica da Seleção para o Brasil, em razão de mais um tropeço da equipe neste domingo, em Cingapura, na Ásia. O empate por 1 a 1 com a Nigéria, o quarto resultado ruim seguido do time, aumentou a bateria de críticas ao trabalho do treinador. Na última quinta (10), outro empate com o mesmo placar, contra Senegal, também no Estádio Nacional de Cingapura, já havia repercutido muito mal para o grupo.
Internamente, a situação de Tite na Seleção ainda não é tão ameaçadora. Mas gera mal-estar, deconforto. Tanto que assim que retornar ao Rio, o técnico terá uma reunião com o coordenador da Seleção, Juninho Paulista, de quem será cobrado pelos vexames — além de não superar os dois africanos, o Brasil perdeu para o Peru e empatou com a Colômbia, nos quatro amistosos disputados até agora desde que conquistou a Copa América, em julho.
Tite tem contra si a falta de ousadia nas escalações e substituições feitas notadamente nas partidas contra Senegal e Nigéria. Neste domingo, por exemplo, demorou a se definir pela presença de Gabigol no jogo — só entrou com quase 15 minutos do segundo tempo — e lançou Lucas Paquetá no finalzinho atuando pela direita, onde o atacante não funciona muito bem. O técnico também tem optado por mudanças óbvias, mesmo com a necessidade de buscar a vitória. Troca o seis pelo meia dúzia ao tirar de campo um volante ou meia e botar outros com praticamente as mesmas características.
O próximo amistoso da Seleção vai ser em novembro, contra a Argentina, na Arábia Saudita. Na CBF ninguém vai falar abertamente sobre isso, mas, é assim a lógica do futebol do Brasil, se a equipe tiver nova produção frustrante, com resultado negativo, Tite pode ter de buscar novos rumos em sua carreira a partir do fim do ano.