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O Brasil do 7 a 1: como foi a carreira dos jogadores após o vexame

Há 10 anos (8/7/14) o Brasil sofreu sua pior derrota. E numa semi de Copa realizada no país. Veja como cada um do brazucas seguiram pós-desastre

8 jul 2024 - 09h45
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Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil - Legenda: Miroslav Klose, David Luiz e Fernandinho  disputam a bola no fatídico Brasil 1 x 7 Alemanha, pela semifinal da Copa do Mundo de 2014 - Marcello Casal Jr/Agência Brasil / Jogada10

rém, No dia 8 de julho de 2014, a Seleção Brasileira sofria o maior vexame de sua história. Levou de 7 a 1 da Alemanha, no Mineirão, pela semifinal da Copa do Mundo. Kroos (dois). Shurlle (dois) Klose, Muller e Khedira fizeram os gols da Alemanha. Bernard diminuiu no último minuto. Naquele dia, em Belo Hoirizonte, no Mineirão, o Brasil de Felipão, com Neymar machucado de desfalcando o time, o Brasil jogou com:  Júlio César; Maicon, David Luiz, Dante e Marcelo; Luiz Gustavo e Fernandinho (Paulinho); Bernard, Oscar e Hulk (Ramires); Fred (Willian).

Mas que fim levou a carreira dos convocados daquela que foi a pior derrota brasileira em Mundiais? O Jogada10 te conta. Confere aí!

JÚLIO CÉSAR

Apesar de sofrer sete gols da Alemanha, o goleiro acertou com o Benfica, de Portugal, um mês após a goleada histórica. Ele foi titular da equipe portuguesa até 2016, quando sofreu com uma série de lesões e perdeu a vaga para o compatriota Ederson (hoje no Manchester City, da Inglaterra). Júlio César não recuperou a titularidade e anunciou a rescisão com os portugueses em novembro de 2017. Em janeiro de 2018, assinou por três meses com o Flamengo e se aposentou em abril.

JEFFERSON

Permaneceu na Seleção após a Copa do Mundo de 2014. Em julho do mesmo ano, foi convocado pelo técnico Dunga e se tornou titular. Foi decisivo na conquista do título do Superclássico das Américas, em que defendeu pênalti de Messi. Após a Copa América de 2015, perdeu a titularidade para Alisson e o ciclo na Seleção se encerrou no início de 2016. O goleiro se aposentou em 2018 após sofrer com uma série de lesões.

VICTOR

Terceiro goleiro da Seleção na Copa do Mundo de 2014, Victor seguiu se destacando no Atlético-MG até encerrar a carreira. Entre 2014 e 2021, quando se aposentou, Victor foi decisivo algumas vezes para o Galo em disputas de pênaltis, além de conquistar uma Copa do Brasil e quatro títulos do Campeonato Mineiro. Em 2020, passou por lesões graves no joelho e encerrou a carreira em fevereiro do ano seguinte.

MAICON

A carreira do lateral-direito entrou em declínio após o vexame na Copa do Mundo de 2014. Maicon perdeu espaço na Roma, da Itália, e retornou para o Brasil após o término do vínculo com os italianos em 2016. Ele voltou a jogar quase um ano depois, pelo Avaí. Em 2019, foi para o Criciúma, clube que o formou, mas ficou apenas um ano. No ano seguinte, defendeu o Vila Nova-GO, antes de tentar uma última oportunidade no futebol italiano com as cores dos modestos Sona Mazza e Tre Penne. Em maio de 2023, se despediu dos gramados com um jogo festivo pelo Criciúma.

DANIEL ALVES

O lateral-direito se manteve em alto nível e fez parte dos ciclos das Copas de 2018 e 2022, embora a convocação para o Mundial do Catar tenha sido controversa. Além disso, fez parte da campanha do ouro olímpico em Tóquio 2020, sendo um dos três acima dos 23 anos permitidos pelo regulamento das Olimpíadas. Já em clubes, obteve sucesso no Barcelona até sair do clube em 2016, quando seguiu para a Juventus, da Itália, e depois para o Paris Saint-Germain, da França. No clube italiano e francês, conquistou apenas títulos nacionais. Em agosto de 2019, retornou para o Brasil e assinou com o São Paulo. Apesar do título paulista de 2021, a passagem foi polêmica e o jogador deixou o clube em novembro de 2021 por conta de dívida. Ele retornou para o Barcelona e permaneceu até julho de 2022, quando foi para o Pumas, do México.

Em janeiro do ano passado, teve o contrato com o clube mexicano rescindido após ser preso por agressão sexual. Em fevereiro de 2024, foi condenado a quatro anos e meio de prisão. Porém, em março, pagou fiança e cumpre liberdade provisória, mas precisou entregar o passaporte.

MARCELO

Apesar do trauma, o lateral-esquerdo teve uma carreira vitoriosa após a Copa do Mundo de 2014. Marcelo conquistou mais quatro títulos da Liga dos Campeões (2016, 2017, 2018 e 2022), três Campeonatos Espanhol (2017, 2020 e 2022) e três Mundiais de Clubes (2016, 2017 e 2018). Ele encerrou a passagem pelo Real Madrid após 16 temporadas em 2022, quando ficou por seis meses no Olympiacos, da Grécia. No início de 2023, acertou o retorno para o Fluminense, onde foi decisivo para a conquista do Carioca marcando um gol na vitória por 4 a 1 sobre o Flamengo na final, além de conquistar o título da Libertadores no mesmo ano e da Recopa em 2024. Já na Seleção, fez parte do ciclo da Copa de 2018, mas não foi mais convocado após a eliminação para a Bélgica, nas quartas do Mundial da Rússia.

MAXWELL

O lateral-esquerdo não continuou em atividade por muito tempo após a Copa do Mundo de 2014. Ele disputou apenas mais duas temporadas com o Paris Saint-Germain, da França, onde conquistou todos os títulos nacionais disputados neste período, antes de se aposentar em julho de 2016.

THIAGO SILVA

O zagueiro ficou marcado pelo choro e recebeu um massacre da opinião pública. Entretanto, se manteve em alto nível até hoje, sendo um dos melhores zagueiros do mundo em atividade. Thiago Silva fez parte do ciclo das Copas de 2018 e 2022, onde esteve na Seleção da competição formada pela Fifa. Ele também marcou o nome no Paris Saint-Germain, da França, onde empilhou títulos nacionais e foi vice-campeão europeu, além de se tornar ídolo no Chelsea, da Inglaterra, após conquistar a Liga dos Campeões e o Mundial de Clubes de 2021, quando levou o troféu de melhor jogador da competição. No último mês, acertou o retorno ao Fluminense e poderá fazer a sua estreia pelo clube que o formou a partir do dia 10 de julho.

DAVID LUIZ

Após a Copa do Mundo de 2014, David Luiz foi para o Paris Saint-Germain, da França, se tornando o zagueiro mais caro da história do futebol até então. Após duas temporadas, retornou para o Chelsea, da Inglaterra, onde permaneceu até 2019. Sem espaço, rumou para Arsenal, mas não conseguiu se firmar. Após 14 anos fora do Brasil, chegou ao Flamengo em 2021, onde já foi campeão da Libertadores e Copa do Brasil em 2022. Já pela Seleção, não disputou as Copas de 2018 e 2022.

DANTE

Substituto de Thiago Silva no 7 a 1, o zagueiro nunca mais voltou à Seleção após o vexame histórico. Entretanto, segue em atividade no futebol europeu, mesmo com 40 anos. Atualmente defende o Nice, da França, desde 2016. Antes, defendeu o Wofsburg, da Alemanha, por uma temporada entre 2015 e 2016, quando encerrou o vínculo com o Bayern de Munique. No gigante alemão, inclusive, sofreu com os companheiros alemães, que eram a base da seleção campeã e que aplicou a goleada histórica sobre o Brasil.

HENRIQUE

Sim, ele esteve entre os convocados da Copa do Mundo de 2014. E foi uma convocação bem controversa por sinal. Depois, nunca mais foi chamado. Henrique seguiu a carreira com passagens por clubes como Napoli, da Itália, Fluminense, Corinthians, Al-Ittihad, da Arábia Saudita, Belenenses, de Portugal, e por fim o Coritiba. Entre idas e vindas, não se firmou em nenhum lugar. O zagueiro está sem clube desde dezembro de 2023, quando foi dispensado pelo Coritiba após o rebaixamento para a Série B. Ele ainda não decidiu o futuro.

FERNANDINHO

Apesar das falhas no 7 a 1, seguiu tendo oportunidade na Seleção e fez parte do ciclo da Copa de 2018, mas falhou nas quartas de final contra a Bélgica e foi duramente criticado. Mesmo assim, foi campeão da Copa América de 2019, mas depois nunca mais foi convocado por Tite. Por outro lado, sua carreira em clubes foi um sucesso. Ele se tornou ídolo no Manchester City, onde empilhou mais 11 títulos nacionais. Ao todo, foram 13 títulos com a equipe inglesa. Em 2022, retornou para o Athletico-PR, onde foi vice-campeão da Libertadores no mesmo ano, além de bicampeão paranaense em 2023 e 2024.

LUIZ GUSTAVO

Após a Copa do Mundo de 2014, o volante seguiu na Seleção até 2016, quando alegou problemas pessoais para não disputar a Copa América. Desde então, não foi mais convocado. Luiz Gustavo defendeu o Wolfsburg, da Alemanha, até 2017, quando foi para o Olympique de Marselha, da França. Após duas temporadas sem muito destaque no clube francês, foi para o Fenerbahce, da Turquia, onde ficou até 2022. O volante foi para o Al-Nassr, da Arábia Saudita, onde permaneceu até janeiro deste ano. Ele decidiu retornar para o Brasil e atualmente defende o São Paulo.

PAULINHO

O volante permaneceu na Seleção e fez parte do ciclo da Copa do Mundo de 2018, sendo homem de confiança de Tite, que chegou em 2016. Após encerrar a passagem pelo Tottenham, da Inglaterra, em 2015, foi para o Guangzhou Evergrande, da China, onde permaneceu até 2017. No mesmo ano, foi contratado pelo Barcelona, da Espanha, mas não conseguiu se firmar e foi novamente emprestado aos chineses, que o contratou de forma definitiva em 2019. Em 2021, teve uma curta passagem pelo Al-Ahli, da Arábia Saudita, e no ano seguinte retornou para o Corinthians. No Timão, sofreu com lesões e se despediu em maio de 2024. Atualmente está sem clube.

HERNANES

Não foi mais convocado para a Seleção após a Copa de 2014. Depois do vexame, passou por Inter de Milão e Juventus, da Itália, entre 2015 e 2017, mas sem se firmar em nenhum dos dois. Acertou com o Hebei Fortune, da China, onde atuou 20 jogos e foi emprestado para o São Paulo, ainda em 2017. Em 2019, foi contratado em definitivo pelo clube paulista. Em 2021, foi para o Sport, onde permaneceu até o fim do ano. Porém, em maio de 2022, anunciou a aposentadoria. Contudo, voltou atrás para defender o Sale, da sétima divisão italiana, em outubro de 2023, quase um ano e meio depois de aposentado.

RAMIRES

O volante se manteve em bom nível durante mais algum tempo após a Copa de 2014. Ele permaneceu o Chelsea até junho de 2015, quando foi para o Jiangsu Suning, da China. Após três anos no clube chinês, acertou com o Palmeiras, onde permaneceu por uma temporada. Ele não conseguiu se firmar na equipe alviverde e teve o contrato rescindido em comum acordo. Em setembro de 2022, anunciou a aposentadoria.

OSCAR

Autor do gol solitário e menos comemorado da história da Seleção, Oscar joga no Shanghai Port, da China, desde 2017, quando deixou o Chelsea. O meia se escondeu no futebol chinês após o vexame, mas de vez em quando há especulações de seu nome em clubes do futebol brasileiro. O Flamengo, por exemplo, é o principal interessado em repatriá-lo.

NEYMAR

Após a Copa do Mundo de 2014, se recuperou da lesão sofrida contra a Colômbia e viveu o ápice da sua carreira na Europa, sendo campeão da Liga dos Campeões em 2015 com o Barcelona, da Espanha. Em 2017, deixou o clube catalão e acertou com o Paris Saint-Germain, da França, onde se tornou o jogador mais caro da história do futebol. No clube parisiense, sofreu com lesões e viveu uma relação de amor e ódio com os franceses. Ele deixou a equipe francesa no meio de 2023 e acertou com o Al-Hilal, da Arábia Saudita, mas sofreu uma grave lesão no joelho que o afastou do gramado por quase um ano.

Já na Seleção, Neymar fez parte dos ciclos das Copas de 2018 e 2022, além de bater o recorde de gols de Pelé. Ele ainda foi o craque da conquista do primeiro ouro olímpico, nos Jogos do Rio 2016. Ele foi convocado para a Copa América de 2019, mas foi cortado por conta da acusação de assédio sexual contra uma modelo. A vida problemática do craque fora dos gramados, inclusive, foi determinante o declínio de sua carreira, culminando na saída do PSG e a ida para a Arábia Saudita.

BERNARD

O "alegria nas pernas" não teve uma carreira tão alegre assim após o vexame histórico no Mineirão. Bernard permaneceu no Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, até 2018, quando foi para o Everton, da Inglaterra. Ele ficou três temporadas no clube inglês, mas sendo reserva na maior parte do tempo. Em 2021, acertou por uma temporada com o Al-Sharjah, dos Emirados Árabes Unidos, e depois foi para o Panathinaikos, da Grécia, onde ficou por duas temporadas. Ele retornou para o Atlético-MG neste ano e aguarda a abertura da janela para estrear pelo clube onde viveu a melhor fase da carreira.

HULK

Antes de se tornar o super-herói atleticano, Hulk defendeu o Zenit, da Rússia, até 2016, quando foi para o Shanghai SIPG, da China. Em 2020, acertou com o Galo, onde se tornou referência e foi campeão brasileiro e da Copa do Brasil em 2021. Já pela Seleção, defendeu os Canarinhos na Copa América de 2016, mas não veste a Amarelinha desde 2021, quando foi teve a chance em uma data-Fifa para os jogos das Eliminatórias da Copa de 2022.

FRED

O centroavante ficou marcado pelo apelido de "cone", mas teve o apoio do Fluminense e foi o artilheiro do Brasileirão do mesmo ano. Fred permaneceu no clube carioca até 2016, quando foi para o Atlético-MG. Dois anos depois, acertou o retorno para o Cruzeiro, onde foi o artilheiro do Mineiro e bicampeão da Copa do Brasil, mas sofreu com lesões e deixou o clube em 2020 após o rebaixamento para a Série B. Em meio a pandemia, retornou para o Fluminense e se aposentou em julho de 2022, três meses após conquistar o título carioca. Desde então, é diretor de planejamento do clube e fez parte das conquistas do Carioca e Libertadores de 2023, além da Recopa de 2024.

O jogador com o menor número de letras no nome na camisa na história das Copas. Você não sabia dessa, né? Após o vexame, entrou para substituir Fred e ser titular na partida pelo terceiro lugar contra a Holanda, mas o Brasil perdeu por 3 a 0. Depois do Mundial, nunca mais jogou pela Seleção. Jô permaneceu no Atlético-MG até 2015, quando foi para o Al-Shabab, dos Emirados Unidos. No ano seguinte, acertou com o Jiangsu, da China, antes de retornar para o Corinthians em 2017. Em 2018, defendeu o Nagoya Grampus, do Japão, antes de novamente voltar ao Brasil em 2020. Após dois anos no Corinthians, jogou no Ceará e no o Al-Jabalain, da Arábia Saudita, em 2023. O acordo durou cinco dias. Jô se aposentou, mas voltou atrás no início deste ano, quando acertou com Amazonas, da Série B.

FELIPÃO

Treinador do pentacampeonato em 2002 e do maior vexame da história da Seleção, Felipão nunca mais teve oportunidade à frente do Brasil. Por outro lado, teve passagens boas por clubes do país, como o título brasileiro com o Palmeiras em 2018, além do paranaense e vice da Libertadores com o Athletico-PR em 2022. Ele teve duas passagens pelo Grêmio após o 7 a 1, primeiro em 2015 e depois em 2021, além do Cruzeiro em 2020. No ano passado, levou o Atlético-MG à Libertadores, mas encerrou a passagem no início deste ano e está livre no mercado.

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