Roberto Assaf: Brasil também tropeça no Uruguai
Colunista do Jogada10 analisa o 1 a 1 da Seleção contra a Celeste, pelas Eliminatórias, em Salvador
O Brasil não fez uma partida decepcionante, e até correu bastante. Mas não jogou o suficiente para derrotar o velho rival Uruguai, que abusou da sua experiência e de alguma afobação do adversário para arrancar o empate de 1 a 1 na Fonte Nova, em Salvador. Assim, deixa a equipe verde e amarela em posição visivelmente desconfortável na tabela das Eliminatórias. O que - cá entre nós - não é desesperador, levando-se em conta a quantidade de seleções ruins que brigam pelas vagas.
O Brasil teve o controle do jogo ao longo do primeiro tempo. Mas raras oportunidades de gol. Enquanto isso, o Uruguai, propositadamente recuado, assistia o adversário trocar passes. Tin ha dificuldades para acertar contra-ataques, o que mantinha o 0 a 0, resultado que de fato interessava ao visitante.
O jogo recomeçou, e como ocorrera antes do intervalo, o Brasil tentava ameaçar, mas tinha problemas para superar a Celeste. Esta passou a ganhar espaço em excesso na intermediária para manobrar. Aos oito minutos, Vini Júnior desperdiçou a melhor chance até ali. Mas o Uruguai, atento, apanhou um rebote na sequência, para Federico Valverde bater da entrada da área à esquerda de Éderson, abrindo o placar: 1 a 0.
Reação do Brasil
Dorival Júnior lançou Luiz Henrique e Gabriel Martinelli para ampliar o poder ofensivo. É fato que o time da casa não se deixou abater, e embora meio desordenado, foi buscar o empate, que obteve aos 16, também com sobra da zaga, em belo chute de canhota de Gérson: 1 a 1.
Animado, o Brasil tentou aproveitar o momento, mas o Uruguai, experiente, começou a cadenciar a partida, mantendo a estratégia de povoar o meio, enquanto Estevão substituía Savinho, o que levou o Uruguai a recuar de vez, tantos eram os atacantes do adversário. Na realidade, a equipe Celeste, hoje de branco, sabe defender e explorar as deficiências do rival, o que fazia o placar continuar indefinido. Na prática, até pelas circunstâncias, acabou tudo igual.
Raphinha disse, no fim, que "vai ser difícil ganhar da gente". Mas esqueceu de ressaltar que também é difícil o Brasil ganhar de alguém. E, no entanto, vamos repetir, só há possibilidade da Seleção ficar fora da Copa 2026 se o Sargento Garcia prender o Zorro.
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