Seleção Brasileira faz história às avessas
Pouco mais do que dez minutos. Foi o tempo que durou o bom futebol da Seleção Brasileira em Barranquilla, diante da Colômbia, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. A equipe de Fernando Diniz começou a partida de forma avassaladora, com toques rápidos e envolventes. Criou ótimas chances e abriu o placar com Martinelli após uma belíssima tabela com Vinicius Junior. E foi só.
Aos poucos, os colombianos se acalmaram e foram tomando conta do jogo. O lado direito da defesa brasileira era um convite ao baile e Luis Díaz deitou e rolou. Fez o que quis com o lateral Emerson Royal e com alguns outros defensores que apareceram em seu caminho.
A lesão na coxa esquerda de Vini Jr, substituído antes dos 30 minutos da etapa inicial, ajudou a complicar ainda mais a situação. O garoto João Pedro entrou e não viu a bola. Não por culpa dele, mas de um time confuso e que dava generosos espaços no meio-campo e nas laterais. O habilidoso James Rodríguez mandava no meio e Luis Díaz avisava a todos no estádio e aos que assistiam pela TV que decidiria o jogo.
Seleção Brasileira, um bando perdido no gramado
Parece que só Diniz não viu. Em momento algum, tentou corrigir o óbvio e, pior, tirou Rodrygo, o melhor jogador brasileiro na partida, responsável por mais alguns minutinhos de bom futebol na etapa final. Os gols da virada não vieram pelos pés de Luis Díaz, mas, de cabeça, no meio da zaga brasileira. E aí o treinador brasileiro mexeu novamente, deixando a equipe ainda mais confusa - na verdade, um bando perdido no gramado, incapaz até mesmo de jogar a bola na área nos minutos finais.
Pela primeira vez na história o Brasil foi derrotado pela Colômbia em Eliminatórias e está atrás da Venezuela na tabela de classificação. A Amarelinha também jamais havia perdido duas seguidas nos confrontos classificatórios na América do Sul. Agora, vem a Argentina, campeã do mundo e ainda líder, mesmo com a derrota para o Uruguai. Que Diniz encontre a fórmula para pelo menos apresentar um time mais consistente no Maracanã. O que se viu em Barranquilla, com exceção de poucos minutos, está muito longe disso. Da tradição da seleção brasileira então…
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