Seleção quer que convocados peitem os clubes pela liberação
Tite não abre mão de ter todos os escolhidos para a reta final de preparação à Copa do Mundo do Catar
Embora o assunto seja tratado com cautela, a comissão técnica da Seleção e a diretoria da CBF estão em sintonia quando concluem que caberia aos jogadores convocados pelo técnico Tite todo esforço possível para que fossem liberados por seus clubes. Quem não demonstrar isso pode estar jogando fora a oportunidade de disputar a Copa do Mundo do Catar, em 2022.
Houve problema recente com clubes ingleses que não cederam os jogadores para compromissos do Brasil com Chile, Argentina e Peru, os três pelas eliminatórias do Mundial. A alegação era de que o período de quarentena obrigatório, tão logo voltassem para o Reino Unido, acabaria deixando-os fora de jogos por suas equipes.
A comissão técnica entende que vários atletas ficaram numa situação delicada diante da posição de seus respectivos clubes. Mas Tite é de opinião que os jogadores devem fazer de tudo, e mesmo peitar os dirigentes de seus clubes, a fim de garantir presença na Seleção brasileira. Auxiliares do treinador pensam do mesmo modo.
Na CBF, não é diferente. Mesmo com o reconhecimento de que há dificuldades impostas pelos clubes, o sentimento na confederação é de que os jogadores deveriam desafiar os que criam obstáculos à apresentação.
Entre os que ficam no meio do fogo cruzado, ou seja, os atletas, não se pode culpá-los em seguir a cartilha dos que lhes pagam os salários a cada mês – os clubes.