Sem torcida, Seleção se livrou de vaias no Morumbi
Time jogou muito mal na vitória por 1 a 0 sobre a fraca Venezuela
Frustrou-se quem esperava outra boa atuação da Seleção Brasileira nas Eliminatórias, no jogo dessa sexta-feira, no Morumbi, contra a Venezuela. A vitória por 1 a 0 foi reflexo de extrema falta de criatividade, de erros de passe em série e de um desempenho robotizado do time. Sorte dos jogadores e do técnico Tite é que não havia público no estádio. Isso os impediu de ouvir vaias ao longo da partida.
É tradição do Morumbi, assim como do Maracanã e do Mineirão, punir as más atuações da Seleção com vaias, que podem variar de tímidas a estrondosas. No caso dessa sexta-feira, muito provavelmente os protestos já começariam no primeiro tempo, provocados pela incapacidade do Brasil de superar a retranca venezuelana.
Mais do que isso, o que falou mais alto foi a aversão dos jogadores de recorrer ao que sempre existiu de mais elementar no futebol brasileiro, o drible. Exceção cabe a Everton Ribeiro, que honrou a camisa 10 da Seleção deixando os adversários em apuros graças à sua movimentação constante, ao domínio de bola e ao talento exibido na hora de se livrar dos marcadores.
A Seleção sentiu falta de Neymar e de Philippe Coutinho e vai ter que melhorar bastante se quiser voltar de Montevidéu, na terça-feira, com um bom resultado. O Uruguai tem condições de jogar de igual para igual com o Brasil. De todo modo, já está bem encaminhada a classificação para o Mundial de 2022, com 9 pontos em três partidas, e a convicção de que Venezuela, Bolívia e Peru, seus três fregueses nesse início de eliminatórias, não têm time nem para disputar a Série C do Brasileiro.