Tite: "Não sou alienado, mas dou prioridade ao meu trabalho"
Treinador foge de polêmicas sobre Copa América e manifesto dos jogadores em entrevista coletiva após a vitória contra o Paraguai
O técnico da Seleção Brasileira, Tite, se esquivou de polêmicas sobre a organização da Copa América no Brasil ou o manifesto de jogadores em entrevista coletiva nesta terça-feira. Após a o Brasil bater o Paraguai por 2 a 0, no Defensores del Chaco, o comandante voltou suas atenções para o campo.
"Pensei no trabalho, na exigência que teria, em escalar certo. Consultamos. O Thomas e o Bruno passaram dois dias sem almoçar direito, eu pedindo imagens. Essa construção, que a mídia não tem acesso, o quanto é importante na construção do trabalho. Peguei minha energia toda e usei para isso. Não sou hipócrita, não sou alienado e sei que as coisas acontecem. Mas sei dar prioridade. Prioridade é meu trabalho e a dignidade do meu trabalho", disse o treinador, que também falou sobre seu limite em relação ao trabalho.
"Meu limite é o da serenidade, da paz, do grande trabalho que conseguimos, com todo o estafe", completou.
O treinador também falou sobre o confronto vencido no Defensores del Chaco, local que a Seleção não vencia os paraguaios há 35 anos. Para o técnico, abrir o placar cedo foi importante para pavimentar o triunfo.
"Conversei com o (Eduardo) Berizzo sobre o grau de dificuldade, o grau de competitividade do jogo com o Paraguai, que já nos deu trabalho em outras partidas, inclusive na Copa América. O fato de sair na frente nos proporcionou sair mais, fazer o jogo sempre em um parâmetro bom. Foi uma vitória historicamente bonita", disse.
E em seguida, falou sobre seu alento com o triunfo, o sexto consecutivo do Brasil nas Eliminatórias.
"Eu quero é comemorar um pouquinho. Me ajudem aí...", brincou.
O auxiliar Cléber Xavier destacou a campanha e o fato da equipe se mostrar efetiva ofensivamente e defensivamente.
"A gente quer comemorar um pouquinho os números altíssimos que conseguimos, as seis vitórias, número alcançado em 1969, que podemos ultrapassar em setembro. Em 18 jogos de Eliminatórias, foram 16 vitórias e dois empates (com Tite). Tomamos cinco gols. É a equipe mais efetiva ofensivamente, defensivamente. Mudando nos últimos jogos, uma série de mudanças. A gente quer comemorar um pouquinho isso", disse o auxiliar Cléber Xavier, que acompanhou o treinador na entrevista coletiva.
Com Tite, a Seleção nunca perdeu nas Eliminatórias. Em 18 jogos, foram 16 vitórias e dois empates. Na atual edição, o Brasil chegou a seis vitórias consecutivas, feito alcançado pela equipe comandada por João Saldanha, que garantiu vaga do Brasil na Copa do Mundo de 1970.