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Vexame do Brasil na Copa derruba vendas na 25 de Março

9 jul 2014 - 15h56
(atualizado às 16h06)
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O vexame da Seleção Brasileira na goleada histórica de 7 a 1 para a Alemanha, nessa terça-feira, parece não ter afetado apenas a confiança do torcedor brasileiro no time do técnico Luiz Felipe Scolari. Nesta quarta-feira, comerciantes da região da rua paulistana 25 de Março, maior centro de mercado popular do País, recorriam a liquidações com produtos alusivos ao Brasil para evitar que o prejuízo com os encalhes fosse maior.

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A reportagem do Terra percorreu a região  e ouviu de vendedores e gerentes a reclamação comum: após o resultado que tirou da Seleção a chance do hexacampeonato, a queda do movimento foi de 100%. Apesar do feriado estadual de 9 de Julho, a maior parte dos ambulantes e boa parte das lojas abriu de manhã.

"Já começamos a recolher a mercadoria verde e amarela para substituir por outros produtos. As vendas desses itens durante a Copa já estavam ruins e pioraram – chegou ao cúmulo de cliente pedir para pagar R$ 0,10 em produto que custa R$ 10”, disse o gerente Silas Inácio Pereira, 65 anos, de uma loja de bugigangas, como bandeiras de plástico, bandanas e, principalmente, cornetas. O palpite para sábado, quando o Brasil disputa a terceira colocação? “Espero que os brasileiros ganhem, para não ficar tão chato. Ontem (terça-feira) foi horroroso."

Vendedora em uma barraca de réplicas de camisas na rua 25 de Março, Ana de Jesus, de 19 anos, disse que as poucas vendas do dia foram de camisas das seleções da Alemanha e da Argentina – que pode ser rival do Brasil, sábado, caso perca para a Holanda nesta quarta a outra semifinal da Copa.

"As camisas do Brasil que ainda estão à venda tiveram o preço reduzido, de tanto que as pessoas pedem desconto", comentou a vendedora. Dona de uma barraca vizinha, Teresa Vieira, 52 anos, também comentou que a procura de produtos com menção ao Brasil não apenas foi baixa, como só ocorreu por parte de estrangeiros. "Camisa não vendi nenhuma, só umas bolsas com estampa da bandeira do Brasil", relatou.

Dona de uma barraca, Teresa Vieira, 52 anos, afirma que a procura de produtos com menção ao Brasil não apenas foi baixa, como ocorreu por parte de estrangeiros
Dona de uma barraca, Teresa Vieira, 52 anos, afirma que a procura de produtos com menção ao Brasil não apenas foi baixa, como ocorreu por parte de estrangeiros
Foto: Bruno Santos / Terra

Em uma loja de armarinhos, kits com chaveiros e canetas verde e amarela portavam um pouco discreto aviso de "queima de estoque". De passagem por São Paulo, o engenheiro carioca Pedro Santos, 35 anos, afirmou que não compraria nada. "Antes da goleada eu não comprei, agora é que não dá mesmo para comprar", constatou.

O comerciante Yun, de 40 anos, também estava pouco otimista de reversão na queda das vendas. "Não vedemos nada, absolutamente nada de Brasil aqui. E pelo jeito isso não vai mudar", definiu.

Brasileiros, os amigos e autônomos Jonatas Rodrigues, 25 anos, e Salomão Teruel, de 24, foram à região com camisas de seleção – mas, respectivamente, da Argentina e da Holanda, semifinalistas do dia. "Tomara que a gente pegue a Argentina no sábado, mas ganhe. Essa rivalidade que dizem existir entre nós e os argentinos só tem mesmo é na TV", comentou Rodrigues.

Durante as entrevistas, o único cliente que a reportagem viu comprando camisas foi o gerente de e-commerce Marcelo Rui, 37 anos. "Mas são camisas do Corinthians que vou revender. Agora é que não dá mesmo para comprar camisa do Brasil", salientou.

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Fonte: Terra
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