Vice da Nike recebe camisa 22 da CBF e gesto causa polêmica
Entidade brasileira esclareceu que o episódio não teve conotação política
Num período em que os números 13 e 22 estão muito associados aos candidatos a presidente do Brasil, Lula e Bolsonaro, respectivamente, qualquer menção a esses numerais pode suscitar interpretações que mirem preferências políticas. Foi o que ocorreu nessa segunda-feira (10), quando o vice-presidente executivo global de marketing esportivo da Nike, John Slusher, recebeu a camisa 22 da Seleção brasileira das mãos do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.
O dirigente chefiou comitiva da CBF que esteve reunida com a cúpula da Nike em Los Angeles, a fim de tratar da parceria com a empresa. Na ocasião, a Nike apresentou o conceito dos uniformes que a Seleção feminina utilizará no Mundial de 2023.
A foto da entrega da camisa foi replicada em redes sociais e muita gente considerou que se tratava de uma campanha velada da CBF a Bolsonaro. Mas, a entidade tratou de esclarecer que o incidente não teve relação nenhuma com o segundo turno da eleição presidencial, que vai se dar no dia 30 de outubro.
O gesto pretendia fazer uma alusão ao número da camisa que Slusher utilizava quando era jogador universitário de futebol americano, no caso, o 22.
Por sua vez, Ednaldo recebeu de Slusher uma jaqueta especial da Nike. O presidente da CBF considerou a reunião bastante produtiva.
“Estou satisfeito por conhecer toda a estratégia global da Nike com a Seleção e apresentar os nossos pilares da nova administração. Nosso compromisso é com a transparência, a inclusão e a diversidade. Mostramos também o nosso engajamento com o crescimento do futebol feminino e o compromisso de fomentar toda a cadeia esportiva nos próximos anos”, disse Ednaldo.
Recentemente, ele defendeu punições severas a casos de racismo no futebol e aprovou o hasteamento da bandeira LGBTQI+ na entrada do prédio da CBF, numa mensagem de combate à intolerância – pautas inclusivas que estão na ordem do dia da nova gestão da entidade.