Brasileiros conhecem adversários da primeira rodada do surfe olímpico
A Associação Internacional de Surfe (ISA) divulgou, nesta quarta-feira (29), as baterias da primeira fase das disputas do surfe nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, que acontecerão em Teahupo'o, no Taiti, a partir de 27 de julho. Cada naipe terá 24 atletas, incluindo seis brasileiros: Gabriel Medina, Filipe Toledo, João Chianca, Tatiana Weston-Webb, Luana Silva e Tainá Hinckel.
Haverá oito baterias com três surfistas cada na primeira fase. O primeiro colocado da série avança de forma direta à terceira rodada, enquanto os dois últimos vão para a segunda fase. Assim como acontece na WSL, nenhum atleta vai ser eliminado na estreia, somente a partir das fases seguintes. Ao final da competição, os três primeiros colocados garantem uma medalha olímpica.
Quem levou menos sorte no sorteio foi Tati Weston-Webb, que vai encarar a australiana Molly Picklum e a estadunidense Caitlin Simmers logo de cara. Simmers é a líder do ranking mundial, enquanto Picklum é a terceira colocada. Tati, por outro lado, é a atual número nove do mundo. Esta será a quarta bateria da disputa feminina.
Ainda entre as mulheres, as outras duas brasileiras competirão juntas na sexta bateria. Tainá Hinckel e Luana Silva, que garantiram vaga através do ISA Surfing Games deste ano, terão a concorrência da alemã Camila Kemp, que não participa regularmente da WSL. Entre as três, somente Luana participou do circuito neste ano, mas acabou abaixo do corte de meio de temporada.
Disputa masculina
Grande favorito ao ouro por conta de seu histórico no Taiti, Gabriel Medina competirá na quarta bateria, tendo a concorrência do japonês Connor O'Leary e do salvadorenho Bryan Perez, que não disputa a WSL. Medina conseguiu sua vaga olímpica no último instante, após fazer uma campanha perfeita e ser campeão do ISA Surfing Games.
O primeiro homem brasileiro a entrar em ação será Filipe Toledo, atual bicampeão mundial, que competirá na terceira bateria ao lado do peruano Alonso Correa e do japonês Kanoa Igarashi, medalhista de prata em Tóquio-2020. Em seguida, na quinta série, aparece João Chianca, que estará ao lado do marroquino Ramzi Boukhiam e do neozelandês Billy Stairmand.
Vale destacar que tanto Filipe quanto Chumbinho não competiram na elite do surfe mundial nesta temporada. Filipe chegou a participar da primeira etapa, mas depois anunciou uma pausa para se preparar para os Jogos Olímpicos. Enquanto isso, Chumbinho, quarto colocado no ano passado, não competiu na WSL por conta de um acidente sofrido no Havaí, no final do ano passado.
Baterias da primeira fase do feminino
- Yolanda Hopkind (POR), Caroline Marks (EUA) e Sarah Baum (AFS)
- Sol Aguirre (PER), Janire Etxabarri (ESP) e Vahine Fierro (FRA)
- Anat Lelior (ISR), Sanoa Dempfle-Olin (CAN) e Tyler Wrigth (AUS)
- Tatiana Weston-Webb (BRA), Molly Picklun (AUS) e Caitlin Simmers (EUA)
- Johanne Defay (FRA), Brisa Hennessy (CRC) e Candelaria Resano (NCA)
- Tainá Hinckel (BRA), Camila Kemp (ALE) e Luana Silva (BRA)
- Nadia Erosarbe (ESP), Sigi Yang (CHN) e Saffi Vette (NZL)
- Carissa Moore (EUA), Teresa Bonvalot (POR) e Shino Matsuda (JAP)
Baterias da primeira fase do masculino
- Ethan Ewing (AUS), Tim Elter (ALE) e Jordy Smith (AFS)
- Joan Duru (FRA), Jack Robinson (AUS) e Matthew McGillivray (AFS)
- Alonso Correa (PER), Filipe Toledo (BRA) e Kanoa Igarashi (JAP)
- Gabriel Medina (BRA), Connor O'Leary (JAP) e Bryan Perez (ELS)
- Ramzi Boukhiam (MAR), Billy Stairmand (NZL) e João Chianca (BRA)
- Andy Criere (ESP), John John Florence (EUA) e Alan Cleland (MEX)
- Kauli Vaast (FRA), Lucca Messinas (PER) e Griffin Colapinto (EUA)
- Rio Waida (IND), Leonardo Fioravanti (ITA) e Reo Inaba (JAP)
Brasil 100%
Paris-2024 será a segunda edição olímpica com a presença do surfe no programa. Na primeira, em Tóquio-2020, o Brasil levou uma medalha de ouro com Ítalo Ferreira. Gabriel Medina também fez grande campanha, mas terminou em quarto lugar. Em Paris, as disputas da modalidade acontecerão em Teahupo'o, que faz parte da Polinésia Francesa e fica a quase 16 mil km da capital Paris.
O Brasil será o único país a ter a cota máxima de atletas no surfe em Paris-2024: seis. O país assegurou duas vagas no masculino e uma no feminino através do Circuito Mundial de Surfe (WSL), enquanto as outras três - uma no individual feminino e outras duas "extras" - no ISA Surfing Games de Porto Rico, em fevereiro, depois do bom desempenho coletivo dos atletas brasileiros.