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Briga entre torcedores de Brasil e Argentina tem apenas sete pessoas detidas no Maracanã

Todos são argentinos e fizeram acordo com o Ministério Público para não serem denunciados

22 nov 2023 - 06h06
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Foto: Lance!

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Apenas sete pessoas foram detidas pela Polícia Militar, na briga generalizada entre torcedores de Brasil e Argentina, na arquibancada Sul do Maracanã, que fica atrás de um dos gols. O conflito se iniciou durante a execução dos hinos nacionais e apenas argentinos foram conduzidos ao Jecrim (Juizado Especial Criminal), que fica dentro do estádio.

Inicialmente, a Polícia Militar levou até o posto da Polícia Civil, que fica ao lado do Jecrim, oito torcedores argentinos. No entanto, um deles, que se identificou como José, conseguiu provar que não participou do conflito e foi liberado. O restante foi ouvido pelo delegado Rodrigo Coelho.

Dos sete argentinos detidos, quatro estavam bastante machucados. Três deles tiveram ferimentos na cabeça e precisaram levar pontos, enquanto um teve o braço quebrado e teve que ser levado ao Hospital Souza Aguiar para imobilizar o local.

De acordo com o promotor Leonardo Cuña, todos os envolvidos aceitaram um acordo com o Ministério Público, chamado de transação penal, que consiste no pagamento de uma multa (neste caso, R$ 200) para não serem denunciados.

Segundo Cuña, é necessário ter uma maior investigação para verificar os envolvidos da torcida do Brasil. O fato dos argentinos estarem bastante machucados também pede apuração para checar se houve excessos por parte da Polícia Militar.

A torcida da Argentina se concentrou em sua maioria no setor Sul das arquibancadas do Maracanã, sem divisão ou isolamento para os torcedores brasileiros. A CBF emitiu uma nota oficial nesta madrugada se eximindo de qualquer responsabilidade sobre o ocorrido e afirmando que teve respaldo dos órgãos públicos.

- Os planos de ação e segurança foram aprovados sem qualquer ressalva ou recomendação pelas autoridades de segurança pública presentes (Polícia Militar RJ, SEPOL, Ministério Público, Juizado do Torcedor, Guarda Municipal, CET-RIO, Subprefeitura, Concessionária Maracanã, SEOP, etc.), dentre as quais a Polícia Militar do RJ, na primeira reunião realizada na sede da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ), no dia 16 de novembro de 2023, às 11:00h. Além dos planos de ação e segurança, os participantes da reunião trataram também de toda a montagem da operação da partida, contando com a participação de todas as partes diretamente envolvidas e responsáveis pela organização da partida e autoridades públicas.

Na segunda (20), o plano operacional para o jogo foi igualmente aprovado sem qualquer ressalva ou recomendação na reunião realizada no Estádio Maracanã, com a presença da CBF, representantes da CONMEBOL, da Polícia Militar RJ, das empresas responsáveis pela operação do Maracanã, e que operam mais de 70 jogos no estádio por ano, e outras autoridades públicas.

CBF, em nota oficial.

Racismo

Além dos torcedores detidos na confusão, duas mulheres argentinas foram encaminhadas para o Jecrim. De acordo com um PM, uma teria chamado um policial de macaco, porém o delegado Rodrigo Coelho desmentiu, afirmando que ela apenas o xingou e foi presa por desacato.

Já uma outra mulher foi detida por injúria racial contra uma funcionária do Maracanã.

Lance!
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