São Paulo bate Chape e é "campeão" do 1º turno após 11 anos
O São Paulo contou com um gol logo no começo e outro na parte final para derrotar a Chapecoense na noite deste domingo, conseguindo um placar de 2 a 0 e se mantendo na liderança do Brasileiro após 19 rodadas. Mesmo sem um grande futebol e com jogadores mostrando claro desgaste físico, a equipe soube usar o Morumbi para chegar aos tentos de Shaylon e Hudson, esse último em belo lance coletivo.
Com o resultado, o time tricolor chegou aos 41 pontos conquistados na primeira colocação, abrindo três de diferença para o novo vice, o Internacional. A equipe ainda garantiu o título simbólico do primeiro turno do Campeonato Brasileiro, algo que não acontecia desde 2007, quando terminou campeão do torneio. A última vez que o clube do Morumbi ganhou qualquer turno da competição se deu em 2012, quando venceu a segunda metade daquela edição.
Na próxima rodada, os comandados de Diego Aguirre abrem o returno com uma visita ao Paraná, na quarta-feira, em Curitiba, às 19h30 (de Brasília). Do outro lado, Guto Ferreira e os seus atletas, que fecharam a metade inicial do torneio nacional com 21 pontos, dois acima da zona de rebaixamento, terão pela frente o Atlético Paranaense, no mesmo dia e horário, na Arena Condá, em Chapecó.
Gol no início tranquiliza o São Paulo
O São Paulo não poderia pensar em um começo melhor de jogo do que o que lhe foi apresentado neste domingo. Diante de um adversário que baseia seu jogo na forte marcação e na saída rápida para o contra-ataque, o time tricolor conseguiu abrir o placar logo no seu primeiro ataque. A bola foi cruzada da direita, Edimar tabelou com Éverton e foi à linha de fundo cruzando rasteiro. A bola passou da primeira trave e Shaylon, livre, só empurrou para dentro.
O gol desmontou a estratégia mais defensiva que poderia ajudar os catarinenses, forçados a buscar mais o jogo e dar espaços na defesa. Apostando em uma inversão de Éverton com Éverton Felipe, Aguirre viu seu time construir dois lances agudos em contra-ataques, mas, na hora do último passe, tanto Bruno Peres quando Liziero não conseguiram finalizar da melhor maneira as jogadas dos companheiros.
A Chape, no entanto, passou a ter o controle do jogo depois deste início fulminante dos donos da casa, conseguindo pressionar bem a saída de bola e recuperar a posse no campo de ataque. Em lance bem trabalhado, Bruno Silva e Canteros tabelaram até encontrarem Wellington Paulista. O centroavante jogou para o pé esquerdo e mandou para fora, mas o juiz já marcava impedimento.
Os visitantes continuaram a apostar na intensidade, usando o rápido Eduardo pela direita e abusando das jogadas com Wellington Paulista no pivô. O centroavante, por sinal, quase conseguiu o empate antes do intervalo, em outro lance pela direita. Eduardo cruzou na primeira trave, Canteros desviou para trás e o artilheiro chutou de primeira, mandando a bola rente à trave do goleiro Sidão.
Titulares saem do banco para resolver
Mesmo com o domínio territorial do adversário, Diego Aguirre voltou para o segundo tempo com a mesma equipe, apostando em alguma escapada dos pontas nos contra-ataques. Quem continuou chegando, no entanto, foi a Chape. Na base das jogadas laterais, a equipe do Sul do país buscou cruzamentos rasantes, às vezes rasteiros, e parou nas boas interceptações de Arboleda e Bruno Alves.
Percebendo que sua equipe não levava perigo ao gol de Jandrei, Aguirre mandou a campo Rojas e Hudson nas vagas de Liziero e Éverton Felipe, ambos em jornadas pouco inspiradas. Logo em um dos seus primeiros lances, o equatoriano mostrou sua vitalidade ao colocar na frente em disputa com dois adversários e cruzar rasteiro para o meio da área. Thyere desviou para trás e só não fez contra porque Jandrei espalmou e, antes de a bola entrar, recuperou-se para agarrar.
Ouvindo os pedidos da torcida, o comandante são-paulino aceitou o clamor pela entrada de Nenê, que substituiu Shaylon aos 23 minutos, tempo necessário para tentar criar um impacto na equipe. E a referência técnica da equipe precisou de apenas uma jogada para resolver a partida, ampliar o marcador e definir o São Paulo como campeão simbólico da primeira metade do Nacional após 11 anos.
Em arrancada, o armador passou por três e tocou para Diego Souza, que soltou rapidamente para Hudson. O volante abriu para a direita e achou Rojas em boa condição por causa da desmontada que Nenê causou na retaguarda. O equatoriano esperou o companheiro chegar na área e cruzou à meia altura para Hudson, de primeira, desviar firme e mandar sem chances para o goleiro Jandrei.
FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO 2 X 0 CHAPECOENSE
Local: estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)
Data: 17 de agosto de 2018, domingo
Horário: 19h (de Brasília)
Árbitro: Rafael Traci (PR)
Assistentes: Ivan Carlos Bohn (PR) e Rafael Trombeta (PR)
Público: 41.075 presentes
Renda: R$ 1.348.936,00
Cartões amarelos: Bruno Alves, Hudson (São Paulo)
Gols:
SÃO PAULO: Shaylon, aos três minutos do primeiro, e Hudson, aos 38 minutos do segundo tempo
São Paulo: Sidão; Bruno Peres, Arboleda, Bruno Alves e Edimar; Jucilei, Liziero (Hudson) e Shaylon (Nenê); Éverton, Diego Souza e Éverton Felipe (Rojas)
Técnico: Diego Aguirre
Chapecoense: Jandrei; Eduardo, Rafael Thyere, Douglas e Alan Ruschel; Márcio Araújo, Amaral (Osman), Canteros e Diego Torres (Yann Rolim); Bruno Silva (Leandro Pereira) e Wellington Paulista
Técnico: Guto Ferreira