Protagonista por gols e prisão, Vidal fica tímido em goleada
Arturo Vidal foi o principal nome entre os jogadores chilenos desde o começo da Copa América. Primeiro, porque fez gols decisivos contra Equador e México, virando o artilheiro da competição até agora. Depois, porém, ganhou as manchetes por cenas lamentáveis, já que causou um acidente de trânsito por estar bêbado e até ficou detido por uma noite. Porém, nesta sexta-feira, na vitória por 5 a 0 contra a Bolívia, o protagonismo do meio-campista acabou, pelo menos por enquanto.
Se não fosse toda expectativa criada em cima de Vidal, a atuação dele nem chamaria atenção. Mas é claro que, com tanta polêmica, os olhos estavam voltados ao jogador, que foi aplaudido normalmente antes de a bola rolar. Mas esse foi um dos poucos momentos em que Vidal foi lembrado pela torcida.
Isso não significa que a atuação dele tenha sido ruim. Ele sofreu uma falta perigosa que quase resultou em gol, após cobrança de Alexis Sánchez na trave. Também deu um bom passe para Valdivia na área, mas o palmeirense não finalizou. Houve um ou outro lance bizarro, como um toque de letra que matou um contra-ataque. Mas nada fora do normal.
O que chamou atenção, de forma negativa, foi a falta de intensidade de Vidal. Normalmente ele é um jgador incansável, que se movimenta por todas partes do campo e chama a responsabilidade. Porém, nesta sexta, ficou muito preso no lado direito do meio-campo e assim participou pouco das jogadas. Acabou substituído no intervalo, poupado fisicamente, assim como o maior destaque do Chile, Alexis Sánchez. Para o bem dos anfitriões, o companheiro de posição, Charles Aránguiz, assumiu o papel, teve ótima atuação e fez dois gols. Enfim, foi o "Vidal dos outros jogos".
O Chile se classificou como líder do Grupo A e vai seguir na busca pelo primeiro título da Copa América. Porém, para conseguir isso, ele precisa que Vidal volte a ser protagonista, mas sem batidas de Ferrari, cadeias, polêmicas, choros e lamentações.