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Coluna do Internauta
Segunda-feira, 03 Setembro de 2001, 17h39
terraesportes@terra.com.br

Natal com presente de grego
Por Régis Souto


Ainda não foi dessa vez que o Cruzeiro conseguiu emplacar o tão sonhado título brasileiro. No sábado, tudo parecia perfeito para a torcida cruzeirense sair do Mineirão comemorando o Natal por antecipação. Time jogando em casa, estádio lotado, vantagem do empate em até um gol e um adversário cansado, sem a menor obrigação de vencer.

Mas foi aí que Papai Noel apareceu trazendo um presente de grego: a maior qualidade individual dos jogadores vascaínos, que simplesmente entraram em campo desconhecendo o pseudo-favoritismo do time azul cindo estrelas. Por mais que o técnico Luís Felipe queira colocar a culpa da derrota na desobediência tática do time, não devemos desqualificar os méritos do Vasco. Foi a vitória do talento sobre o conjunto. Venceu quem tinha mais craques, mais jogadores com capacidade de definir a partida. A perfeita cobrança de falta de Juninho, a velocidade de Euller e o oportunismo de Romário superaram a garra e a boa vontade do time cruzeirense.

E lá se vai um segundo semestre traumatizante. Tanto na Mercosul quanto no Brasileiro, o Cruzeiro foi desclassificado em casa, diante de mais de sessenta mil cruzeirenses. Mas não se pode dizer que tudo foi perdido. Em primeiro lugar, estes fracassos serviram para mostrar que se o Cruzeiro quiser ser tri da Libertadores e Campeão do Mundo vai ter que colocar a mão no bolso. O time é bom, mas insuficiente para ser o melhor do mundo. Falta talento, falta o craque, falta aquele jogador que a torcida vai buscar no aeroporto e carregá-lo em passeata até a sede do Barro Preto.

Por outro lado, este segundo semestre também serviu para nascer um novo Cruzeiro. Um time com características nunca vistas até então. Um Cruzeiro aguerrido, com raça, com uma enorme capacidade de superação. Enfim, um time que nunca se entrega, que conseguiu viradas excepcionais. Uma equipe encarnada na figura do lateral Sorín, um argentino de puro sangue, símbolo da raça, que conquistou não somente a torcida do Cruzeiro, mas todos que gostam de ver um futebol bem jogado. Tomara que este espírito guerreiro continue ditando as regras na Toca da Raposa.

E agora a torcida brasileira fica perguntando? Vasco ou São Caetano? Quem vai levar a João Havelange? Aqui entre nós: um campeonato que nasceu de uma virada de mesa, desorganizado, com regulamento injusto, com baixo índice de audiência na TV e pouco público nos estádios pode até não ficar com o time do Vasco, mas que tem a cara do Eurico Miranda, isso tem.

 

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