CAPA ESPORTES
 Últimas
 Resultados
 Esportes TV
 Esportes Show
 Imagem
 Papel de Parede
 Calendário 2001
 Notícias por e-mail
 Chance de gol
 Futebol
 Fórmula 1
 Automobilismo
 Tênis
 Basquete
 Vôlei
 Surfe
 Aventura
 Mais esportes
 Colunistas
 Especiais
 Fale com a gente



 Compras



Wanderley Nogueira
Segunda-feira, 03 Setembro de 2001, 17h42
terraesportes@terra.com.br

Agressão


A notícia foi dada com pouco destaque pela mídia: Djalminha tenta agredir colega do La Coruña. O espanhol Victor foi a quase vítima. Ele tentou evitar que Djalminha agredisse pra valer o jogador Albelda, do Valência, no último sábado e levou a pior.

Extrema habilidade, mas dono de um temperamento difícil. É assim que a imprensa espanhola trata o jogador brasileiro. Recentemente um dos mais importantes jornalistas espanhóis fez um verdadeira poesia sobre o talento de Djalminha e no dia seguinte foi desmentido pelos números apresentados por um jornal concorrente.

Ali foram mostradas estatísticas provando que o talento de Djalminha é inegável, mas tem sido muito pouco útil ao time. Inconstante, sua vida profissional é repleta de altos e baixos.

Ele, sem dúvida, é o principal prejudicado. Perde dinheiro, perde prestigio, perde espaço. Os clubes erram muito mais que atletas como Djalminha e Edmundo, por exemplo. Há muitos outros no exterior e no Brasil.

Um dia, quando Edmundo estava criando muitos problemas no Palmeiras, fiquei sabendo que o "único homem capaz de controlar Edmundo chama-se Paulo Angione". Angione só foi contratado pelo Palmeiras quando Edmundo já tinha ido embora.

Quando contratam os chamados "jogadores complicados", os clubes não se preocupam em ter ao mesmo tempo alguns profissionais capazes de neutralizar o temperamento quente das "estrelas". As agremiações perdem dinheiro, perdem o atleta, perdem o controle. É prejuízo certo.

Uma contratação de milhões de dólares deve ser feita com enorme cuidado. Nada pode ser esquecido ou deixar de ser avaliado. Se o clube decide arriscar no talento do "problema", precisa cercar-se da maior segurança possível. E isso não é feito. Nem aqui, nem lá...

Quase todos nós temos uma forte tendência de atropelar os sentimentos das pessoas, de apressar para resolver as coisas através de conselhos. Mas está muito claro que um clube, antes de contratar, deve primeiro compreender inteiramente o futuro contratado.

Como é feito, por exemplo , numa multinacional. Entrevistas, análises, conversas, testes e discussões. Um executivo que ganha 200 mil dólares por mês é submetido a uma cansativa série de encontros antes de ser admitido.

Não só o talento é levado em conta. Os "chefes" querem saber se o futuro contratado não será capaz de colocar "fogo" na empresa. No mundo, raríssimos dirigentes pensam antes de contratar jogadores hábeis e talentosos se o "astro" adota um comportamento interpessoal. E sempre agridem os cofres dos clubes. Jogam dinheiro fora .

 

veja lista das últimas colunas

Coluna do Internauta Wanderley Nogueira Juarez Soares
Marcos Caetano Fernando Santos