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Coluna do Internauta
Segunda-feira, 03 Setembro de 2001, 17h41
terraesportes@terra.com.br

Quem pode mais...


Por Edilio de Oliveira Batista

Quando o jogo entre Vasco e São Caetano foi suspenso, por falta de segurança, aos 23min do primeiro tempo, em São Januário, nós, pobres e ignorantes torcedores, acreditávamos que a justiça seria feita e que o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), com total isenção, daria seu veredicto baseado na lei esportiva vigente.

Claros eram os pareceres de advogados e juristas, que consideravam que o Vasco, conforme artigo 299 das leis esportivas, não só deveria perder a renda daquela partida como, também, deveria perder os três pontos disputados, sem que nenhum ponto fosse dado ao São Caetano.

Com tal decisão defendida por entendidos e esperada por grande parte dos esportistas do país, o São Caetano seria o campeão da Copa João Havelange, já que permanceria com um ponto, e o Vasco, com dois pontos negativos.

Inocentemente, e de forma surpreendente, a diretoria do Azulão, acreditando na imparcialidade do julgamento no STJD, não só liberou os jogadores negociados como, também, dispensou todo o elenco para gozo de férias.

Opostamente, o Vasco, através de sua diretoria de uma só voz e comando, já sabendo, antecipadamente, do resultado do pseudojulgamento, fez parecer que liberara seus jogadores para o período de férias e, poucos dias após, todo o elenco já estava treinando, de forma reservada, a fim de disputar o novo jogo que, sabia, seria marcado pelo STJD.

O São Caetano continuou de folga e por não fazer parte da cúpula diretiva do futebol brasileiro, somente voltou a treinar após ser divulgado o resultado do "julgamento" do STJD.

Com isso, treinou poucos dias, basicamente 50% daquilo que o Vasco treinou, e o que vimos no Maracanã, a partir dos 35min do primeiro tempo, foi um Azulão sem nenhuma força física, muito desgastado e não conseguindo ameaçar o goleiro vascaíno, principalmente no segundo tempo.

O futebol brasileiro necessita ser moralizado, custe o que custar, e dirigentes de clubes de menor expressão, como o São Caetano, não devem aceitar imposições e decisões extras como as verificadas para este novo jogo e como ocorreu a divisão dos grupos para disputa da Libertadores, atendendo aos pedidos e interesses do Vasco do Eurico, que não deseja jogar em determinadas cidades e países. A diretoria do São Caetano, obediente, aceitou a proposta defendida pelo Vasco e vai jogar onde não deveria. Se o grupo do São Caetano é mais forte ou mais fraco, não importa. Importa, isso sim, que qualquer competição não tenha suas regras mudadas por interesse unilateral ou mesmo por interesses de grupos.

Fugindo um pouco do assunto, mas ainda lembrando o Vasco do Eurico, é impressionante que pessoas do meio esportivo demonstrem, em público, sua paixão clubística. Na missa realizada há poucos dias, no estádio de São Januário, já com o alambrado reconstruído, o que vimos: atrás do Eurico Miranda estava o senhor Antonio Lopes, coordenador técnico da seleção brasileira de futebol, não só rezando, mas aplaudindo, cantando o hino do Vasco e entoando o grito de guerra cruzmaltino: casaca, casaca...

Que moral este homem terá para dirigir outro clube brasileiro e que dirigente será tão imbecil em contratá-lo? Aguardemos, pois de repente...

Edilio de Oliveira Batista, 55 anos, é aposentado e mora em São Paulo

 

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