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Fernando Santos
Quarta-feira, 21 Março de 2001, 16h45
terraesportes@terra.com.br

Clippers na cabeça


Aqui vai um palpite para o futuro: aposte no Los Angeles Clippers. Ops, ainda não foi desta vez que enlouqueci. É isso mesmo: um dos piores times da NBA tem potencial para brilhar a curto prazo. Para quem acha que é puro delírio, vale lembrar que o Chicago Bulls, antes de Jordan, era um Clippers.

O primo pobre do Lakers ainda está ocupando os últimos lugares na classificação, mas há motivos para acreditar em dias melhores. Nesta temporada, o Clippers venceu duas vezes o Portland Trail Blazers, uma vez o Sacramento e também bateu o poderoso primo rico (sem contar que perdeu um outro jogo para o Lakers na prorrogação). E, para confirmar a fase de crescimento, derrotou o atual nº 1 da liga, o Philadelphia 76ers.

Ok, você pode dizer que o Philadelphia perdeu porque estava sem o seu principal jogador, Allen Iverson, ainda se recuperando de contusão. Ou pode simplesmente endossar as palavras de Tyrone Hill, do Phily: "Perdemos para um time medíocre. Jogamos muito mal. Na verdade, parecíamos o Clippers. Não há dúvidas de que eles mereceram a vitória, mas continuam sendo um time medíocre".

Calma aí, Hill! Não é todo dia que se derrota o melhor do campeonato, apesar dos desfalques, ou três dos cinco melhores times da Conferência Oeste. Apesar das 45 derrotas e apenas 24 vitórias, a NBA tem hoje sete times em pior situação. E se estivesse na Conferência Leste, o Clippers poderia até sonhar com a classificação aos playoffs. Afinal, o Indiana, que está na oitava colocação, tem míseras 29 vitórias.

Tudo bem, você pode achar que a campanha do Indiana e a evolução do Clippers representem a decadência atual da NBA. Pelo Pacers, não tenho dúvida. Mas o "timinho" de Los Angeles é uma bela promessa. Digo isso em função de dois jogadores: os alas Lamar Odom e Darius Miles.

Odom é um jogador de garrafão, forte, brigador nos rebotes e com bom arremesso. Tem tudo para evoluir, nem que seja numa outra equipe. O Lakers já sonhou com ele. Quanto a Miles, é um verdadeiro diamante bruto. Alto, com 2,06m, e magricelo (91 kg), é aquele tipo de jogador imprevisível. Habilidoso, adora enterradas e ajuda muito na defesa. Uma de suas especialidades são os tocos.

Miles tem apenas 19 anos. Está em sua primeira temporada, após deixar a High School. É mais um daqueles que não passaram pela universidade. Se bem trabalhado, tem tudo para estourar em pouco tempo. O Clippers ainda conta com um armador experiente (Jeff McInnis), um bom arremessador de três pontos (Erik Piatkowski) e um pivô que era candidato a estrela, mas ainda está longe disso (Michael Olowokandi).

Porém, o Clippers ainda sofre com o estigma de ser um time perdedor. Mas a torcida já começa a ver uma luz no fim do túnel: na terça-feira, contra o 76ers, o Staples Center de Los Angeles estava lotado.

 

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