Tomo conhecimento de que a CPI agora quer reunir juristas para ajudar na redação de leis que possam mudar o esporte brasileiro. Pode ser que esta etapa seja indispensável mas não é isso que o povo quer. Leis precisam ser votadas, demoram, demandam negociações e negociatas.
Só existe um sentimento à respeito dessas Comissões de Inquérito. Que alguém no futebol brasileiro além de Wanderley Luxemburgo e Eurico Miranda seja considerado culpado.
Não é possível que depois das lorotas que contou outro dia, o senhor Ricardo Teixeira ainda tenta sustentação política para se manter na presidência da CBF.
Qualquer pessoa de inteligência mediana, sabe que em qualquer outro país civilizado, o senhor Teixeira teria que renunciar ao cargo, dando início, aí sim, a uma mudança no futebol brasileiro.
Qualquer que seja a conclusão do relatório do senhor Silvio Torres, uma coisa estará bem clara: se nos mesmos postos atuais, no comando do futebol brasileiro, continuam as mesmas pessoas, é lógico que não haverá, mudança nenhuma. As raposas continuarão tomando conta do galinheiro.
Se ninguém for punido, afastado, as CPIs terão sido uma grande piada. Dirão os de sempre que as Comissões não tem força de polícia, para punir ou prender. Mas os deputados que compõem, com raras exceções, não vivem para a política, vivem isso sim da política.
É essa força que deve atuar, para apresentar um resultado prático imediato, logo após o encerramento das CPIs. Se não conseguiram provas, para incriminar os culpados, então de que valeu tanto tempo? Rádio, televisão, fotos, jornais, revistas, tantos políticos fazendo perguntas, meses a fio, para no final um relatório apresentar só sugestões para mudança no esporte. Essa não. Neste caso teremos presenciado um momento histórico dos políticos brasileiros. Tanta incompetência, junta, ao mesmo tempo.