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Juarez Soares
Sexta-feira, 20 Abril de 2001, 20h11
terraesportes@terra.com.br

Seleção caipira


O técnico Emerson Leão, definitivamente, quer entrar para a história do futebol brasileiro como treinador de futebol. Essa última convocação deixa isso bem claro. Como ex-goleiro, Leão já tem o seu espaço. Tudo se remete à derrota do Brasil para o Equador. Depois do vexame ainda no Hotel, durante o café da manhã, o técnico conversou com o supervisor Antonio Lopes. Devia ser mesmo bem de manhãzinha, porque Leão, quando era jogador, sempre acordava muito cedo. Entre um gole de café e um pão com manteiga, o técnico explicou a Lopes que não iria morrer abraçado com os jogadores que perderam a partida para a fraca seleção equatoriana.

O raciocínio foi claro e “pertinente”. Se tudo estava uma droga, era preciso mudar. Radicalmente, ou quase. Assim viajou, para a Europa e explicou, aos “estrangeiros” que desta vez, eles não seriam convocados. Nasceu então essa Seleção caipira. Se o Brasil, corre risco de ficar fora da Copa, que tudo seja feito pela cabeça do treinador. Para grandes conquistas, grandes riscos. É claro que se viessem Roberto Carlos, Rivaldo, Emerson, Cafu, Djalminha, Serginho, etc e tal, o Brasil poderia sofrer, mas a experiência dos jogadores que estão na Europa, sem dúvida, nos levaria à Copa do Mundo.

Afinal, Leão pegou a Seleção das mãos de Luxemburgo, classificada, em segundo lugar. Só que neste caso o time não teria a marca do novo técnico. Seria um lugar comum. Assim houve a mudança. Na roça onde eu nasci, dizem: “quem tem padrinho, não morre pagão.” Desse modo Alessandro, o novo lateral direito, foi lançado por Lopes no Vasco, depois foi treinado por ele no Atlético do Paraná. Sua jogada famosa é o “drible da vaca”.

Leomar, jogou três meses com Leão no Atlético do Paraná, e o ano passado inteiro com ele, no Sport Recife. Chega à Seleção aos 29 anos. Mineiro, é um jogador que Leão admira de outros carnavais. O jovem Everton, atacante do Corinthians, foi convocado porque Leão gosta de atacantes velozes. Euller, que está machucado, deu a sua vaga para o corintiano. Marcelinho Carioca é um craque, um meia que joga pela direita, numa Seleção de canhotos. Acho que voltou para não mais sair. Ricardinho (do Corinthians) tem talento de sobra e personalidade. Léo o lateral-esquerdo está em grande fase, a maior prova de que tem futebol de sobra, reside no fato de que Felipão não gosta dele. Felipão gosta de jogador que entra duro, dá porrada. Léo mereceu a convocação.

Os demais selecionados já são manjados, todos cobras criadas. Enfim, a sorte está lançada. Houve renovação de 60% na Seleção Brasileira. A torcida, vai dar apoio. Afinal ninguém perdoa ou esquece a derrota para o Equador. Resta saber se a convocação é só para ganhar do Peru e obter a classificação, uma emergência. Por que uma pergunta se impõe: quantos desses jogadores chegarão à próxima Copa do Mundo? Mas vale a tentativa. Mesmo porque, quem está perdendo, não escolhe caminho. E Leão estava, completamente perdido. Agora é só torcer.

 

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