A semana começa cheia de palpites. Há gente que dá um palpite de que foi pênalti a mão que Claudiomiro colocou a mão na bola contra o Corinthians. Há outro torcedor que dá um palpite sobre a proibição da Seleção se concentrar de novo em Jarinu. É que Ricardo Teixeira, imagino, não gostou de viajar dez quilômetros em estrada de terra comendo poeira no caminho da roça.
Há gente, aliás, que tem o palpite de que o Leão não chega até a próxima Copa do Mundo. Tem outro palpite de que Pelé se arrependeu ao falar bem de Sócrates. Disse que não foi apoio, foi só um elogio. Enfim, quem deu palpite vai confirmar agora se Romário manda mesmo na Seleção.
Eurico Miranda disse que ele não quer jogar a Copa das Confederações na Coréia e no Japão. Claro, o patriotismo do Baixinho não chega a tanto. Seu amor à pátria era só para jogar a Olimpíada, se mostrar para o mundo mais uma vez como salvador. Não foi convocado, ajudou a derrubar o técnico Wanderley Luxemburgo. Agora, Romário só quer dar palpite na convocação da Seleção e jogar as Eliminatórias. Mas deixar a final do Campeonato Carioca, num jogo contra o Flamengo, isto é que não. Jogar na Coréia ou no Japão contra o Verdy não-sei-das-quantas não dá pé. Nem mesmo para quebrar o galho do amigo Leão. Meu palpite é que Romário esta frente a frente com um dilema. Se aceita a convocação tem que deixar as praias do Rio. Se não admite a convocação, mostra o que bem lhe dá na cuca.
Ah! Pode ser também que no meio do caminho apareça uma contusão. Afinal de contas, Romário, também neste aspecto, é um fenômeno. É o único jogador que eu conheço que se machuca sozinho. Mas é só um palpite.