Já escrevi aqui outro dia que os “senhores” que fizeram o pacto para salvar o futebol brasileiro tem uma faceta que os une pelo mesmo cordão umbilical. O que falam sentados, não sustentam de pé. O conchavo, público, indecente, assinado num ato de comédia em Brasília, data de 13 de maio de 2001. Dali iria nascer a salvação, do futebol brasileiro. Seria a redenção dos erros, a remissão dos pecados dos dirigentes.
Na verdade, os marmeleiros, da grande marmelada, tentavam salvar a si mesmos. Um ministro plantador de café queria só aparecer. Um ex-presidente da Fifa, outrora, com ares de imperador, assinava um atestado público de fim de carreira. Um presidente da CBF tentando, num ato desesperado, salvar a própria pele. O presidente do Clube dos 13, desacreditado, agia como Maria-vai-com-as-outras. Pelé se unindo à “banda podre” do futebol, sem explicar até agora seu gesto amalucado.
A Copa do Mundo que iria ser realizada no Brasil, hoje é motivo de riso. Pois bem, não são passados, nem dois meses, e tudo corre o risco de ir por água abaixo. Não saiu o tal calendário do futebol e a Copa Mercosul corre o risco de não ser mais realizada.
Pelé, envergonhado, promete melar o pacto da salvação do futebol. Se as promessas não forem cumpridas. De novo, o jogo de interesses se estabelece. O ex-jornalista J. Hawilla, dono da Traffic, dono dos direitos da Copa Mercosul, não quer perder sua galinha dos ovos de ouro. Tentam convencer a televisão de que o negócio é bom. Ricardo Teixeira, seu eterno parceiro, ameaça fugir da raia e deixar J. Hawilla, bom de conversa, sozinho para convencer um tal Marcelo Campos Pinto, que também é ligeiro no gatilho. É um balaio de caranguejo.
Até parece que a amizade Teixeira/Hawilla, já não é a mesma. Outro dia vi o dono da Traffic chorando suas mágoas, porque ficou de fora do negócio CBF/Fábrica de cerveja. Disse que a entidade foi muito ingrata com ele. Parece que a Traffic, agora arrasta suas asas em direção à Confederação Sul-Americana e flerta com a Fifa. É uma briga de cachorro grande. Verdadeira lei de Muricy: cada um cuida de si. Só falta agora o ex-jornalista J. Hawilla dizer que o dinheiro não traz felicidade. Será?