A partir desta quarta-feira, todas as atenções do mundo do basquete
estarão voltadas para quatro jogadores: Shaquille O'Neal e Kobe Bryant, do
Los Angeles Lakers, e Allen Iverson e Dikembe Mutombo, do Philadelphia
76ers. Eles iniciam a batalha pelo título da NBA. Têm tudo para roubar a
cena. Os treinadores devem concentrar suas jogadas, e suas defesas, nesse
quarteto. E outros seis jogadores na quadra podem fazer a diferença.
Aqui, o Lakers leva mais uma vantagem. Parar a dupla Shaq e Kobe é
apenas a primeira preocupação de Larry Brown, eleito o melhor treinador da
temporada. Ele sabe que isso não será suficiente. O time de Los Angeles tem
ainda seu arsenal secundário, que não pode ser ignorado.
Nesta segunda linha ofensiva, o maior perigo é o armador Derek Fisher.
Ele aprimorou seus arremessos e é a primeira alternativa quando O'Neal e
Bryant ficam, por alguma razão, impedidos de atacar. Prova de seu sucesso
foi o jogo quatro da série contra o San Antonio. Fisher terminou com 28
pontos.
Além do armador, o Lakers tem outro ala perigoso nos arremessos, o
instável Rick Fox. Menos agressivo do que Fisher, ele é uma opção para os
arremessos de três pontos. Normalmente, a última opção de ataque, até mesmo
atrás do pivô Horace Grant.
O Lakers também guarda dois bons arremessadores no banco: o armador
Brian Shaw e o ala-pivô Robert Horry. Todos eles ficam em segundo plano
quando as duas peças principais da equipe estão bloqueadas. E têm
correspondido. Prova disso são as 11 vitórias seguidas do Lakers em
playoffs.
O Philadelphia, aqui, também leva desvantagem. Primeiro porque Iverson
joga praticamente sozinho no ataque. Seu principal companheiro, o pivô
Mutombo, é muito mais útil na defesa do que no ataque. Ainda levando-se em
conta que terá pela frente alguém como O'Neal.
Resta ao 76ers, como opção, dois alas: Erci Snow e Aaron McKie. Snow
divide as funções nas armações de jogadas, enquanto McKie foi eleito o
melhor reserva da temporada e ganhou a posição de titular nos playoffs. Os
dois são perigosos nos arremessos de fora, também nos três pontos. E só.
O Philadelphia, time de um craque só, não tem mais opções. Ou seja,
também entre os coadjuvantes desta final o Lakers leva vantagem. O que
aumenta o seu favoritismo.