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Fernando Santos
Terça-feira, 05 Junho de 2001, 16h23
terraesportes@terra.com.br

Os coadjuvantes


A partir desta quarta-feira, todas as atenções do mundo do basquete estarão voltadas para quatro jogadores: Shaquille O'Neal e Kobe Bryant, do Los Angeles Lakers, e Allen Iverson e Dikembe Mutombo, do Philadelphia 76ers. Eles iniciam a batalha pelo título da NBA. Têm tudo para roubar a cena. Os treinadores devem concentrar suas jogadas, e suas defesas, nesse quarteto. E outros seis jogadores na quadra podem fazer a diferença.

Aqui, o Lakers leva mais uma vantagem. Parar a dupla Shaq e Kobe é apenas a primeira preocupação de Larry Brown, eleito o melhor treinador da temporada. Ele sabe que isso não será suficiente. O time de Los Angeles tem ainda seu arsenal secundário, que não pode ser ignorado.

Nesta segunda linha ofensiva, o maior perigo é o armador Derek Fisher. Ele aprimorou seus arremessos e é a primeira alternativa quando O'Neal e Bryant ficam, por alguma razão, impedidos de atacar. Prova de seu sucesso foi o jogo quatro da série contra o San Antonio. Fisher terminou com 28 pontos.

Além do armador, o Lakers tem outro ala perigoso nos arremessos, o instável Rick Fox. Menos agressivo do que Fisher, ele é uma opção para os arremessos de três pontos. Normalmente, a última opção de ataque, até mesmo atrás do pivô Horace Grant.

O Lakers também guarda dois bons arremessadores no banco: o armador Brian Shaw e o ala-pivô Robert Horry. Todos eles ficam em segundo plano quando as duas peças principais da equipe estão bloqueadas. E têm correspondido. Prova disso são as 11 vitórias seguidas do Lakers em playoffs.

O Philadelphia, aqui, também leva desvantagem. Primeiro porque Iverson joga praticamente sozinho no ataque. Seu principal companheiro, o pivô Mutombo, é muito mais útil na defesa do que no ataque. Ainda levando-se em conta que terá pela frente alguém como O'Neal.

Resta ao 76ers, como opção, dois alas: Erci Snow e Aaron McKie. Snow divide as funções nas armações de jogadas, enquanto McKie foi eleito o melhor reserva da temporada e ganhou a posição de titular nos playoffs. Os dois são perigosos nos arremessos de fora, também nos três pontos. E só. O Philadelphia, time de um craque só, não tem mais opções. Ou seja, também entre os coadjuvantes desta final o Lakers leva vantagem. O que aumenta o seu favoritismo.

 

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