Não sei se o torcedor brasileiro que gosta de futebol vai dormir melhor a partir de hoje. Afinal um sono reparador depende de tanta coisa. Mas pelo menos agora existe um calendário. As competições são entrelaçadas entre si e classificam sempre um clube para alguma competição.
O primeiro semestre será um emaranhado de competições, deixando a segunda parte do ano, para o Campeonato Brasileiro com 28 clubes. A Copa do Brasil terá 64 agremiações, uma festa. Fora isso acabaram com a Mercosul; o torneio pelo novo plano só será disputado este ano e fim.
Aprendi com um velho político que existem leis que são elaboradas para serem cumpridas e outras não. Se a metáfora valer para o futebol brasileiro, vamos ver se esse novo calendário foi idealizado para ser cumprido. É bom lembrar que o Remo, de Belém do Pará, tem uma ação na justiça comum, que poderá levar a paralisação do futebol.
O que mais me anima é o fato do tal Caixa D´Água, presidente da Federação do Rio de Janeiro, criticar a nova situação. Ele disse que: “Esse calendário é um lixo.” Se ele disse isso, vai ver que o plano é ótimo. Os próximos dias colocarão as coisas nos seus devidos lugares. Como dizemos lá pras bandas de onde eu vim: “No andar da carroça, a abóbora se ajeita”.
E o símbolo do atual futebol brasileiro, segundo Felipão, Mauro Silva foi cortado da Seleção. Uma distensão de primeiro grau afastou o jogador da partida contra o Uruguai. Terça, ele afirmou que mesmo assim irá com a delegação à Montevidéu. Com 35 anos, Mauro Silva não percebeu que estavam forçando demais o treinamento.
Mudança de país, de ritmo, fim de temporada na Espanha, ele pagou pelo preço do exagero. Uma pena. O pior é que os preparadores físicos não perceberam. Esse negócio de “símbolo da Seleção” é uma bobagem. É o lado infantil de Felipão vindo à tona. Melhor para Romário que agora até o dia do jogo vai ficar no bem-bom do jeito que ele gosta.Treinando do seu jeito e a Comissão Técnica obedecendo. Afinal, ele como Mauro Silva tem 35 anos e cachorro mordido de cobra tem medo de linguiça.
Juarez Soares