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Juarez Soares
Sexta-feira, 29 Junho de 2001, 17h15
terraesportes@terra.com.br

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Finalmente depois de 11 dias de treinamento e muita badalação, contusões, cortes e presepadas, a Seleção Brasileira está escalada para o jogo contra o Uruguai. Felipão, depois de muito discurso sobre táticas e estratégias, como eu cansei de escrever, optou pela lógica. Bendita lógica. Ou pelo óbvio, como qualquer observador de futebol, de inteligência mediana, tinha o direito de esperar. Nada de invenções, de 3-5-2. que isso é pra time bem treinado. Ouvimos, muito blá, blá, blá, nada além disso.

No resumo da ópera, ficou a base de uma Seleção que já atuou junta, várias vezes. Só que depois da besteira que fizeram com o treinamento de Mauro Silva e a ausência política de Vampeta, o técnico, tem que improvisar, isto é, colocar, Roque Júnior no meio campo. Nas outras posições, sem novidade: Marcos, Cafu, Cris, Antonio Carlos e Roberto Carlos, Roque Jr., Emerson, Juninho e Rivaldo, Elber e Romário.

É uma ótima Seleção, principalmente, muito experiente. Dos titulares que saem jogando, sete atuam na Europa, sem contar que Romário fez vida no velho continente e Juninho até outro dia estava na Inglaterra. O time está balanceado, com um meia (Juninho) de pé direito e Rivaldo, pela esquerda. Na frente dois artilheiros de nascença. O problema que o Brasil vai enfrentar é esse complexo que vem à tona toda vez que enfrenta o Uruguai. Querem fazer do jogo, uma guerra, uma batalha, uma questão de patriotismo, fora de propósito. O jogo será apenas um jogo, nada mais. Difícil, disputado como tantos outros.

A vida do povo brasileiro não vai mudar em nada, se o Brasil ganhar ou perder. A torcida sabe disso, a vida continua. Quando a bola rolar é só tomar cuidado, para não perder a bola no ataque. No Maracanã, o Brasil perdeu com um gol de Dario, numa jogada desse tipo. O resto são bolas altas, o Uruguai tem jogadores com mais de 1,80 m. E cuidar do menino Recoba, um craque. No mais o time do Brasil é superior. A Seleção Nacional é melhor, individualmente. Um pouco de cuidado e tudo se resolve.

O mais importante é que com qualquer resultado, não haverá heróis nacionais, nem culpados que deverão ser condenados. O esporte é o esporte. Patriotismo é outra coisa. Qualquer discurso, além disso, só pode ter lugar nas cabeças menos privilegiadas. Já se foi o tempo em que o torcedor brasileiro achava que a Seleção é “a pátria de chuteira”. Hoje, o brasileiro evolui como torcedor e como cidadão. Essa Seleção com Vampeta e Ronaldinho, seria a ideal para jogar a Copa do Mundo. Agora é torcer, com fervor, sem ataques histéricos. Brasil x Uruguai será só mais um jogo de futebol. Um grande jogo.

 

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