Foi uma sofrida e descolorida vitória da Seleção Brasileira. Mas, de qualquer maneira, uma vitória. A única coisa que segura treinador no cargo é vitória. Felipão sabe disso. Mas depois do jogo contra o Peru ficamos sabendo de outras novidades.
O fato do Brasil jogar com a camisa azul, por exemplo. O técnico da Seleção disse que foi idéia sua, admite uma grande dose de superstição, de que a mudança de cor da camisa, pudesse mudar o resultado do jogo. O técnico ainda confirma que, daqui em diante, a Seleção jogará sempre de azul. Uma atitude infantil, que funcionou há exatamente 43 anos na Suécia quando o Brasil por obrigação teve que mudar o uniforme. Só que naquela época, não era para ganhar do Peru, era ser campeão do mundo. Enfim, se revela um lado místico do treinador Felipão, que pouca gente conhecia.
Fora essas besteiras o mais importante é a divisão de opiniões que se estabelece, agora, dentro e fora da Seleção. As notícias vindas da Colômbia dão conta que parte dos jogadores como Juninho e Denílson querem o time no ataque. Outros preferem um esquema defensivo, para garantir o resultado a qualquer preço, como Emerson, por exemplo.
Enfim, voltamos à velha discussão. A história do futebol brasileiro, sempre mostrou a Seleção no ataque ganhando títulos e respeito dos adversários. Perdendo eventualmente. A Seleção Brasileira que joga no ataque é a Seleção do povo. A que joga na defesa é a Seleção do treinador. A Seleção que encantou a todos foi a de 82-Telê-Espanha, mesmo perdendo. Hoje pouca gente se lembra da escalação do time campeão do mundo nos Estados Unidos. Felipão é retranqueiro por excelência. Enfim uns gostam dos olhos, outros da remela.