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Juarez Soares
Terça-feira, 18 Setembro de 2001, 12h04
terraesportes@terra.com.br

Luxa contra cartolas


A vida do técnico Wanderley Luxemburgo entra em nova fase no Corinthians. Deve ficar mais difícil. O treinador vai ter de se equilibrar na corda bamba dos resultados dentro do campo.

Fora dos gramados, terá de exercitar seu talento político no relacionamento com o vice de futebol, Roque Citadini, e, muito mais delicado, no convívio com o presidente Dualib. Citadini é um corintiano que age mais como torcedor do que como dirigente. Gosta de bater boca publicamente, gosta do debate, da folia, não entende nada de futebol. Tem atrito público com o técnico.

Com o presidente Dualib, a conversa é diferente. Ele também não sabe nada de futebol, mas é mestre em usar as pessoas. Qualquer pessoa. Quando o indivíduo é útil, ele trata bem, paparica, puxa o saco. Quando o indivíduo não mais interessa, ele descarta. Usa o poder que o cargo lhe confere, de acordo com seus interesses pessoais, políticos e administrativos. Cansou de fazer isso com quem o colocou na presidência do clube.

Agora mesmo, ele usou a imprensa para mandar um recado ao técnico Luxemburgo. O presidente nega que tenha assumido o compromisso de contratar jogadores experientes, último detalhe do plano de renovação do futebol corintiano. Wanderley Luxemburgo não arreda pé. Diz que o compromisso existe e precisa ser cumprido.

Normalmente, o presidente Dualib é omisso, trabalha na sombra, vive no umbral, local próprio de quem não tem liderança. Agora ficou valente, ameaça chamar o treinador para uma conversa particular. Já deveria ter chamado. Só que existe um fato novo.

O ex-presidente Wadi Helou disse que não quer mais Luxemburgo no Corinthians. Helou é quem manobra politicamente o Conselho Deliberativo e o clube. Uma espécie de eminência parda. Sua força política se sobrepõe à do presidente Dualib. Wadi quer, assim será feito.

Por isso, Dualib avisou Luxemburgo pela imprensa. Wadi e Dualib são dois corintianos velhos, com mais de oitenta anos, e corre em suas veias sangue de hábeis mercadores. Os dias de Luxemburgo no Corinthians estão contados, ainda que se torne de novo campeão. O tempo dirá!

 

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