"Dias contados", título da coluna anterior. No dia 3 de setembro, no
final da tarde, o Terra Esportes colocou no "ar" a informação
apontando a saída de Ricardo Teixeira, da CBF, antes de dezembro. Só
agora a notícia foi confirmada. O processo vem se arrastando há meses
e a licença médica anunciada pelo presidente da CBF - embora
verdadeira - facilitou a conclusão do processo de fritura. Todos queriam o seu afastamento: os políticos das CPIS , o governo, a Rede
Globo de Televisão e inúmeros dirigentes de federações e clubes.
Com a saída de Ricardo Teixeira, a promessa de entregar uma cabeça ao
povo, segundo os deputados e senadores, foi cumprida. Só não
arrumaram uma prisão(nem que fosse por dois ou três minutos) pelo
temor de entrar em rota de colisão com a Fifa. A pressão foi forte,
de todos os lados, e os deslizes da administração Teixeira
afloraram e mesmo sem provas, como faz questão de afirmar
o "presidente licenciado" , ele estrategicamente decidiu pedir uma
licença de seis meses. É a chamada licença eterna. Terminará dias
antes da Copa do Mundo e até lá ele perderá integralmente o poder e a
influência sobre a Seleção Brasileira. A CBF já estará em outras
maõs...
Outros dirigentes serão denunciados e caberá ao Ministério Público
avaliar se vale abertura de inquérito ou não. Os que escaparem certamente não será pelo comportamento cristalino. A "inocência" deve ser creditada a incompetência da investigação. E até mesmo o desinteresse em ir até a inegável impressão digital. A CPI do Senado afirmou que vai concluir o trabalho no início de dezembro. Depois, seus principais membros vão se entregar às campanhas eleitorais
embalados pelo Plim-Plim...