Acho que essa será uma das ultimas oportunidades que terei para escrever sobre o técnico Luiz Felipe Scolari enquanto treinador da Seleção Brasileira. Sim, porque entendo que na quarta-feira Felipão encerrou sua passagem pela CBF. O jogo definitivo contra a Venezuela, que deve classificar o Brasil, será apenas o cumprimento de tabela no calendário oficial dessas Eliminatórias.
Está claro que, se o Brasil perder para a Venezuela, Felipão terá de mudar para outro país. Vencendo o jogo, ele não terá feito nada além da sua obrigação profissional. É o mínimo que se espera de um técnico que ocupe o cargo, que já foi o máximo no futebol mundial.
Tido como um profissional de sucesso nos clubes por onde passou, Scolari na Seleção foi um fracasso. Destemperado nas entrevistas, teimou em mascarar uma personalidade que nunca foi sua, despreparado para armar um esquema tático que nunca existiu na seleção. Para cada jogo uma convocação diferente e, de cada convocação, jamais tirou o mesmo time.
Nem a imprensa, nem os torcedores, nem o técnico: jamais alguém soube o time titular do Brasil. Uma bagunça. Felipão criou líderes que jamais existiram a não ser na sua cabeça. Leonardo e Mauro Silva, os dois em fim de carreira, foram expostos ao ridículo, depois deixados de lado.
Enfim, na quarta-feira foi os desfecho de uma trajetória de incompetência. Foi 3 a 1 o resultado final. Poderia ter sido muito mais. A Bolívia chutou mais de trinta vezes contra o gol do Brasil. Restou a imagem melancólica do supervisor Antônio Lopes, rezando de costas para o campo, para o Brasil não tomar um gol de falta. Vamos seguir o exemplo e nos unir em orações, só que por outro motivo, por outra razão. Para que depois do jogo contra a Venezuela, essa comissão técnica vai embora. Façamos de conta que eles nunca dirigiram a Seleção Brasileira.