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Fernando Santos
Quinta-feira, 08 Novembro de 2001, 16h56
terraesportes@terra.com.br

Dream Team de verdade


Já foram divulgados sete dos 12 jogadores que formarão a seleção norte-americana no Mundial de 2002, em Indianápolis. Com exceção de Jason Kidd, os demais dariam no máximo um bom banco de reservas. O que se espera é que os EUA possam formar um verdadeiro Dream Team, e não mais uma seleçãozinha, como aconteceu nos últimos anos.

E é possível formar um time que possa, ao menos, honrar o título de Dream Team. Com a volta de Michael Jordan, os EUA estão diante de uma rara oportunidade de montar, pela primeira vez, uma equipe que possa se equiparar ao lendário esquadrão que brilhou na Olimpíada de Barcelona, em 1982.

Então, vejamos. Jordan, claro, tem lugar garantido. Kidd pode ser o armador. Minha preferência seria por Gary Payton, mas tudo bem, Kidd resolve. O outro ala seria Kobe Bryant. Os pivôs, Shaquille O'Neal e Chris Webber. Completo o time com Allen Iverson, Vince Carter, Tracy McGrady, Tim Duncan e Rasheed Wallace.

As duas vagas restantes ficam para a politicagem da US Basketball, que já chamou jogadores como Antonio Davis e Shawn Marion, além de Michael Finley e Jermaine O'Neal. Se é para deixar duas vagas, então que fique com Ray Allen e Reggie Miller, também já convocados.

Será muito difícil que a seleção norte-americana chegue perto da minha modesta sugestão. Jordan deve guardar energias para mais uma temporada da NBA. Shaq já recusou a convocação para a última Olimpíada, e também prefere descansar nas férias. Kobe viveu polêmica, ao ser ignorado e, ao ser lembrado mais tarde para tapar buraco, disse não por já ter marcado o seu casamento.

Agora, Bryant já aparece em comerciais institucionais do governo americano. Na abertura da temporada, chegou a usar um tênis especial, com as cores da bandeira. Pode ser a deixa para receber um novo convite.

O que não pode acontecer é a seleção dos EUA repetir o fiasco da Olimpíada de Sydney. Um timinho de jogadores sem maior expressão, salvo poucas exceções, e nada disposto a jogar, apenas a aparecer. Se é para formar um Dream Team, a oportunidade é essa.

 

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