Já foram divulgados sete dos 12 jogadores que formarão a seleção
norte-americana no Mundial de 2002, em Indianápolis. Com exceção de Jason
Kidd, os demais dariam no máximo um bom banco de reservas. O que se espera é
que os EUA possam formar um verdadeiro Dream Team, e não mais uma
seleçãozinha, como aconteceu nos últimos anos.
E é possível formar um time que possa, ao menos, honrar o título de
Dream Team. Com a volta de Michael Jordan, os EUA estão diante de uma rara
oportunidade de montar, pela primeira vez, uma equipe que possa se equiparar
ao lendário esquadrão que brilhou na Olimpíada de Barcelona, em 1982.
Então, vejamos. Jordan, claro, tem lugar garantido. Kidd pode ser o
armador. Minha preferência seria por Gary Payton, mas tudo bem, Kidd
resolve. O outro ala seria Kobe Bryant. Os pivôs, Shaquille O'Neal e Chris
Webber. Completo o time com Allen Iverson, Vince Carter, Tracy McGrady, Tim
Duncan e Rasheed Wallace.
As duas vagas restantes ficam para a politicagem da US Basketball, que
já chamou jogadores como Antonio Davis e Shawn Marion, além de Michael
Finley e Jermaine O'Neal. Se é para deixar duas vagas, então que fique com
Ray Allen e Reggie Miller, também já convocados.
Será muito difícil que a seleção norte-americana chegue perto da minha
modesta sugestão. Jordan deve guardar energias para mais uma temporada da
NBA. Shaq já recusou a convocação para a última Olimpíada, e também prefere
descansar nas férias. Kobe viveu polêmica, ao ser ignorado e, ao ser
lembrado mais tarde para tapar buraco, disse não por já ter marcado o seu
casamento.
Agora, Bryant já aparece em comerciais institucionais do governo
americano. Na abertura da temporada, chegou a usar um tênis especial, com as
cores da bandeira. Pode ser a deixa para receber um novo convite.
O que não pode acontecer é a seleção dos EUA repetir o fiasco da
Olimpíada de Sydney. Um timinho de jogadores sem maior expressão, salvo
poucas exceções, e nada disposto a jogar, apenas a aparecer. Se é para
formar um Dream Team, a oportunidade é essa.