Tudo está sendo preparado com muito cuidado para o jogo da seleção, em São Luís, no Maranhão. Os responsáveis pelos preparativos têm prática nesse tipo de trabalho, afinal, o jogo parece uma festa, um grande comício, uma comemoração política.
As imagens mostram as criancinhas - “sempre elas” - preparando cartazes, recortando bandeirinhas amarelinhas e verdes. Por toda a cidade, outdoors com as mesmas cores anunciam a “capital da classificação”. Ainda usando as crianças, coreografias são ensaiadas com esmero. O grande palanque político está sendo erguido porque, afinal de contas, o ano que vem teremos eleições, e a governadora do maranhão sobe nas pesquisas.
Ainda em tempo: é bom lembrar que Ricardo Teixeira precisa dos votos dos senadores do referido partido, que poderão inocentá-lo na CPI do Senado. Claro, se os políticos não aprovarem a redação final todo o trabalho da comissão vai para o beleléu. Como aliás aconteceu na CPI dos deputados, em que nem relatório final foi possível fazer.
Em meio a tantos conchavos políticos, as federações vão se reunir para dar apoio a Ricardo Teixeira. É bom lembrar que entre tantas badalações, rapapés e salamaleques, vamos ter também um jogo de futebol, que por sinal pode classificar o Brasil para a Copa do Mundo.
Enquanto isso, depois de cinco meses à frente da seleção e dez jogos, sendo cinco pelas eliminatórias - com três derrotas, o técnico do Brasil ainda não sabe a escalação do time para o último jogo.
Um aviso! Quando perguntaram ao treinador da Venezuela o que ele achava do jogo contra o Brasil, ele respondeu: “Viram o jogo contra o Paraguai?”. Relembrando: a Venezuela ganhou do Paraguai.