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Juarez Soares
Quinta-feira, 15 Novembro de 2001, 16h25
terraesportes@terra.com.br

Dúvidas


Nunca olhei para o sapato do Felipão. Imagino que não seja de luxo, não deve ser italiano, importado, nada disso. Mas deve ser um objeto de estimação, porque foi falando de seu sapato que Scolari criou uma metáfora na entrevista coletiva, depois do jogo contra a Venezuela. A imagem reflete claramente a personalidade do técnico da Seleção.

Ele disse que, com calma, com jeito, com modos, com educação, falando mansamente, uma pessoa é capaz de levar, de graça, até seus sapatos. Na marra, não. Se quiserem lhe enfiar goela abaixo uma sugestão que seja, nada feito, não tem acordo. Disse isso para esclarecer que Romário não terá vez com ele no comando da Seleção. Não adianta forçar a barra.

Na coletiva, sem o peso da responsabilidade para obter a classificação, Felipão foi dócil. Foi marqueteiro quando fez autocrítica dizendo que mudou seu relacionamento com a imprensa. Reviu posições e métodos. Tornou-se educado, em resumo. Foi político quando se referiu, com intimidade, falando do presidente da CBF. Ele, Scolari, confia na palavra do Ricardo para chegar até a Copa do Mundo. Mostrou-se hábil quando lhe perguntaram sobre a ida de Parreira para a comissão técnica. O fato parece inevitável.

Então, Luiz Felipe tratou de elogiar: “Parreira é o máximo”. Foi agradecido aos jogadores que convocou. Afirmou que 75% do grupo está garantido para a Copa do Mundo. Isto seria, mais ou menos, 17 dos 23 que irão para a Copa. Felipão, na coletiva, desfilou sua filosofia campesina.

Agora é esperar pela recompensa política da realização do jogo no Maranhão. Vamos ver o que diz o relatório final da CPI. Vamos ver se o jogo em São Luís serviu para comprar os votos dos senadores. Vamos esperar pelo resultado final dos exames médicos de Ricardo Teixeira. Vamos ver se o presidente da CBF continua no cargo. Vamos ver, enfim, se Felipão vai mesmo para a Copa. Caso contrário, vão-se os sapatos, ficarão os dedos.

 

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