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Juarez Soares
Sábado, 17 Novembro de 2001, 20h20
terraesportes@terra.com.br

Palhaços de Brasília


Quando começou esse melodrama da CPI na Câmara Federal, tive a oportunidade de participar de um programa onde estava o deputado Aldo Rebelo, presidente da referida comissão. Aproveitei o intervalo comercial e disse ao sr. Rebelo que ele estava iniciando uma caminhada difícil e perigosa.

Expliquei que, embora sua senhoria tivesse muita experiência política, não conhecia o mundo do futebol, e do que seus dirigentes são capazes. Falei que o deputado não sabia da missa, a metade. Ele me olhou com espanto e, homem educado, deixou pra lá.

O fim da “melódia” todo mundo sabe. A comissão não teve força política para aprovar o relatório final. O tal relatório que deveria punir, ou sugerir punições, aos culpados e corruptos do futebol, não existiu. Na ocasião, desequilibrado, Aldo Rebelo, ao vivo e em cores pela televisão, chamou de “verme” um de seus pares, adversário político.

Enfim, o mesmo público, que acreditava na CPI da Nike, ouviu verdades e baboseiras durante longos meses, e agora não sabe a resposta final das apurações. Começou um blá-blá-blá de que tudo está entregue ao judiciário, etc e tal. Soa para o povo, o torcedor, o eleitor enfim, como uma grande lorota.

Agora, todos esperam pelo resultado final do relatório da CPI do Senado. O Brasil está classificado e chegou o momento de colher os dividendos políticos do jogo realizado em São Luís, no Maranhão. Os políticos de Brasília já deixam transparecer que Ricardo Teixeira não renunciará à CBF. Pior que isso. O famigerado relatório talvez não seja aprovado, como querem o presidente e o relator da CPI.

A “bancada da bola” já teria os 13 votos suficientes para inocentar a quadrilha que administra o futebol brasileiro. Com esse sombrio panorama, a dedução é lógica. Os políticos (senadores e deputados) apareceram meses a fio na televisão, cada qual fazendo sua propaganda pessoal, pensando nas próximas eleições, do ano que vem. E os torcedores que esperavam justiça? Nesse caso, todos nós que gostamos do futebol teremos cumprido a função de palhaços no circo armado em Brasília.

 

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