Raramente escrevo sobre assunto relacionado a um clube, de forma específica. Mas o enterro anunciado pela torcida do Palmeiras merece atenção.
Segundo o
anúncio fúnebre está marcado para a próxima semana o funeral de uma pá de
palmeirenses. A macabra solenidade reservou caixões para a parte
administrativa, como Américo Faria, Sebastião Lapolla, Márcio Araújo e até
para o presidente Mustafá Contursi. E alguns jogadores como Galeano (quem
diria), Misso, Tuta, Fábio Jr e outros tantos jurados e encomendados pela
fanática torcida alviverde.
Lopes não será enterrado porque fez um acordo
com a rapaziada. Impressionante a força que tem a torcida organizada do
Palmeiras. Cá de longe, me parece que ela se impõe tanto pela força física
como pela força política.
Agora, me lembro que a uniformizada peitou até o
Felipão, em pleno Parque Antártica. Às vezes, fico pensando como uma torcida
teima em reclamar pedindo a saída de um técnico, o Celso Roth quando o time
era líder do campeonato brasileiro. Pois a diretoria atendeu o pedido, o
técnico foi mandado embora e o substituto Márcio Araújo, então funcionário
do clube mostrou com sucessivas derrotas que não tinha a mínima idéia do que
acontecia no tumultuado grupo de jogadores. A maionese desandou e o
Palmeiras está fora das finais do campeonato.
Acho que para arrumar o time
dentro do campo o presidente Mustafá Contursi precisa primeiro ajeitar as
coisas fora. O presidente tem que primeiro recuperar sua
autoridade, trazer de volta a solenidade que o seu cargo impõe. Bom tempo da
vida do Palmeiras era aquele em que os jogadores líderes da imortal
academia, se reunia no antigo Bar do Elias, e entre uma cerveja e outra
colocava a casa em ordem.