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Juarez Soares
Sexta-feira, 21 Dezembro de 2001, 17h20
terraesportes@terra.com.br

Bom é na roça


Por imprevistos de fim de ano e por cruzamento de paralelos e meridianos, fui obrigado a dar com os costados numa região onde o vento faz a curva. Sem luz elétrica, televisão, e tudo mais que faz o encanto dos homens modernos da cidade. Aquilo sim é que é vida. À noite, como diria o poeta, “apresenta-se a orquestra sinfônica dos sapos” e de manhãzinha o galo canta anunciando que é hora de ir trabalhar.

Por falar em trabalho, no reencontro com a realidade, a alegria de ver de novo Ronaldinho fazendo gols. O Brasil vai resolver assim um problema quase doentio que é o comando do ataque da Seleção Brasileira. O jogador em forma é meio caminho “em direção ao gol” andado. Falta agora resolver só mais dez problemas da Seleção.

O outro assunto é caseiro. Luxemburgo, diz o Palmeiras, é um treinador muito caro. Ora, o Palmeiras poderia ter ficado com Márcio Araújo que é muito mais barato. O presidente Mustafá Contursi arrastou o clube para este estado de humilhação pública quando inventou uma tal política do bom e barato. Grande besteira. No futebol e na vida o que é bom custa caro. É a lei do custo benefício. Bons eram os tempos em que os treinadores até pagavam para pagar os grandes times.

Não viu agora o Osvaldo de Oliveira “Osvaldinho” para os mais chegados? Fez um leilão, mandou o Corinthians às favas e ficou no Fluminense. Alberto e Antonio Roque, a famigerada dupla corinthiana, espera agora por Carlos Alberto Parreira e amigos. A realidade é dura. Bom mesmo estava lá na roça.

 

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