Tim Duncan e Michael Jordan são as grandes estrelas desde Natal.
Literalmente, roubaram não só a cena, como todos os presentes. Os dois
lideram o San Antonio Spurs e o Washington Wizards, sensações de uma
temporada que parecia fadada a ser dominada por Los Angeles Lakers e
Philadelphia 76ers.
A grande surpresa é mesmo o Wizards, que saiu do fundo do poço para a
zona de classificação dos playoffs. Jordan é o pilar de uma equipe jovem,
que começou a temporada encabulada pela presença do rei. Aos poucos, MJ está
ensinando a garotada como se faz.
E insisto: uma peça fundamental no Washington é o armador Tyronn Lue,
reserva bicampeão com o Lakers. Em sua quarta temporada e com experiência de
jogar num time vencedor, ele sabe organizar o jogo e ainda é uma arma nos
arremessos de três pontos. Como na partida desta sexta, quando acertou três
bolas de três decisivas no último quarto, na vitória sobre o Orlando Magic.
No Texas, o San Antonio não pode ser considerado uma surpresa.
Principalmente por ter um jogador como Tim Duncan. Na época em que ganhou o
campeonato, em 1999, falava-se numa possível dinastia do Spurs. Mas temia-se
que isso não aconteceria em razão da idade avançada de alguns jogadores,
como Mario Ellie e, em seguida, com o transplante de rim de Sean Elliot.
O Spurs chegou à final da Conferência Oeste no ano passado, mas não
resistiu ao Lakers. O time precisava mesmo de uma poção de rejuvenescimento.
Ou, ao menos, uma reformulação. O time titular deste ano só manteve os pivôs
Duncan e Robinson. Os outros três são todos recém-chegados: Bruce Bowen, que
veio do Miami; Steve Smith, do Portland; e o francês novato Toni Parker.
Com sangue novo, o San Antonio tem a melhor campanha de toda a liga. E
conta com Duncan voltando a sua melhor forma. Inteiro, livre de contusões e
motivado, ele é sem dúvida um dos melhores jogadores da liga. E não se pode
desprezar o experiente Almirante Robinson.
Lakers e 76ers, que se candidatavam a repetir a final de 2001, já
sabem que a missão não será tão fácil como se imaginava.
Palavra de Eurico
Mais uma vez, o Vasco não pagou o que devia. E ao contrário do que
afirma o presidente Eurico Miranda, o time está seriamente ameaçado. Pelo
menos, no que depender da palavra do armador Helinho: "Já estamos cansados
de promessas. Temos propostas de outros clubes e não podemos ficar esperando
para sempre". Os jogadores já têm em mãos uma proposta do Minas para que
todo o grupo se mude para Belo Horizonte, de olho no Nacional, que começa em
janeiro.
E se os atletas ainda acreditam em Eurico Miranda, basta lembrá-los da
declaração do dirigente, ao ser cobrado pelos nadadores do Vasco, publicada
nesta sábado pelo diário LANCE!: "Não dá para considerar esse pessoal que
está aqui (no Troféu José Finkel) como profissional, partindo do princípio
que isso que eles fazem não é profissional. O Vasco ajudou a natação durante
três anos. Agora, estamos com problemas, atrasados, admito isso. (...) Além
disso, nunca se parte do princípio que você deve aos nadadores, já que eles
têm uma ajuda de custo". Aos jogadores de basquete, está feito o alerta.