CAPA ESPORTES
 Últimas
 Resultados
 Esportes TV
 Terragol
 Esportes Show
 Imagem
 Papel de Parede
 Calendário 2001
 Notícias por e-mail
 Chance de gol
 Futebol
 Fórmula 1
 Automobilismo
 Tênis
 Basquete
 Vôlei
 Surfe
 Aventura
 Mais esportes
 Colunistas
 Especiais
 Fale com a gente



 Compras



Juarez Soares
Segunda-feira, 24 Dezembro de 2001, 17h58
terraesportes@terra.com.br

O Furacão mereceu


Lá se foi o último domingo esportivo do ano. Deixou no seu derradeiro lampejo o brilho da disputa de um título que dignificou o futebol brasileiro. O Atlético-PR foi campeão com todos os méritos. Basta a verificação de que foi o time que mais gols marcou no torneio. Pessoalmente, esperava muito mais do São Caetano. Achava mesmo que o Azulão poderia vencer a partida. Não foi assim, jogou mal.

Para definir os méritos, o Atlético jogou bem. Não permitiu que o time de Jair Picerni mostrasse o esplendor de seu futebol. Entrou em campo ganhando de 2 a 0, armou bem sua defesa, marcou com renovada aplicação e saiu para o contragolpe com eficiência. O que mais se pode exigir de um time campeão?

Outro detalhe fundamental foi o crescimento espantoso de Alex Mineiro nos últimos jogos. Ungido pelos deuses que torcem pelo futebol, teve o nível de aproveitamento que raros jogadores conseguem. Alex, com seus gols, decidiu o campeonato.

O estado do Paraná, para o bem do futebol brasileiro, desviou o eixo da região São Paulo-Rio de Janeiro-Minas Gerais. A esperança é que o panorama da distribuição geográfica dos títulos continue assim. Foi campeão o time que mais gols marcou no campeonato. Parece óbvio, mas não é. O técnico Geninho merece, ao lado de seus jogadores, todo o aplauso. Agora é só festejar.

Ao São Caetano, restou o consolo de ter perdido com classe. É o segundo ano que esse time disputa o título de campeão. Alcançou a posição de elite do futebol brasileiro com resultados obtidos dentro do campo. Que continue assim. Bastam alguns retoques que só os momentos de decisão têm o dom de mostrar. É preciso que o treinador Jair Picerni faça a difícil escolha entre o antagonismo, o contracenso da convivência de um meia ponta-de-lança de pouco mais de um metro e meio (Anaílson) e seu parceiro de quase dois metros (Magrão). O baixinho sabe e gosta de jogar com a bola no chão. Bem marcado, não conseguiu. Magrão só sabe jogar pelo alto, é bom cabeceador, um Jardel provinciano. Bem marcado, não conseguiu. Até Jair Picerni deve ter se arrependido de colocar Bechara, tirando Esquerdinha do meio-campo, depois substituindo-o na partida.

No futebol e no amor se ganha nos detalhes. O doce sabor do mel da conquista só é possível sentir para os que têm sensibilidade na hora da decisão. Nada disso, no entanto, tira o brilho da partida final. Levou o título quem jogou melhor as duas partidas decisivas. Carlos Eugênio Simon teve uma grande arbitragem. É o melhor juiz do Brasil. Futebol à parte, que Papai Noel possa visitar a todos neste Natal. Mas nunca é demais lembrar: "Felicidade é brinquedo que não tem."

 

veja lista das últimas colunas

Coluna do Internauta Wanderley Nogueira Juarez Soares
Marcos Caetano Fernando Santos