Garotada, prepara-se para torrar a mesada com as
bugigangas da NBA. A liga norte-americana de basquete
finalmente descobriu o Brasil e já tem pronto um plano
de invasão. Mas não pense que será possível assistir a
algum jogo por aqui. Isso ainda vai levar muito tempo.
Até lá, o mais próximo que você poderá chegar é ir até
uma loja e desembolsar uma dezena de reais em produtos
oficiais.
Já estava na hora de a NBA investir no país. Há
quantos anos o Brasil é o maior mercado consumidor da
América do Sul? Mas nem por isso a liga olhava para cá.
Por que agora? Porque a NBA está em crise nos EUA, com
queda de audiência e na venda de seus merchandisings.
Não é por acaso que se fala em planos de expansão para a
Europa e, principalmente, para a China. Eis então que
chegou a nossa vez.
De olho no faturamento, a NBA espera seduzir o
consumidor brasileiro. Seus produtos poderão ser
comprados no Brasil a partir de abril. Termina
finalmente o drama de quem era obrigado a viajar aos EUA
para ter uma camisa oficial ou então arriscar o seu
cartão de crédito pela internet.
Pelo que foi mostrado nesta terça-feira, em São
Paulo, o plano é bastante ambicioso. Bem diferente do
que aconteceu a cerca de sete anos atrás, quando a
Reebook tentou fazer o mesmo. Mas foi um desastre, por
dois fatores: seus produtos eram limitados, com pouca
oferta, e de qualidade ruim. Ou seja, um fracasso.
Agora, a NBA anuncia uma grande variedade de produtos e
promete que serão de primeira. É esperar para ver.
Além disso, há uma boa notícia para a garotada: a
liga vai patrocinar um campeonato colegial na capital
paulista, com 20 escolas particulares, para jogadores de
12 a 16 anos. Cada colégio levará o nome de um time da
NBA. Trata-se da primeira ação sobre o principal público
alvo da estratégia de invasão da NBA: os adolescentes.
Se por um lado a liga está de olho no bolso dos
brasileiros, por outro pode significar uma porta aberta
para quem sonha, um dia, jogar nos EUA. Para uma
campanha como essa, nada melhor do que ter um jogador
brasileiro na NBA. E não custa acreditar que os
dirigentes podem mexer alguns pauzinhos para facilitar a
contratação de pelo menos um dos nossos atletas.
O nome de dois jogadores foi citado na
apresentação do plano de licenciamento: Marcelinho, do
Fluminense, e Nenê, do Vasco. Porém, quem tem mais
chance de conseguir uma boquinha é Ânderson Varejão, que
está no Barcelona, da Espanha. Mas ainda é muito cedo
para comemorar tamanha façanha. Por enquanto, vamos nos
contentar em ir à lojinha mais próxima.
Prévia da final?
Los Angeles Lakers e New Jersey Nets fizeram uma
grande partida na noite desta terça-feira. Em quadra, o
melhor time do Oeste contra o melhor do Leste. Ou seja,
um duelo que pode bem ser a final da NBA.
Como de costume, o Lakers utilizou o pivô
Shaquille O'Neal para vencer por 101 a 92. Na véspera de
completar 30 anos, ele presenteou a equipe com 40 pontos
e mostrou que está em forma para conquistar o terceiro
título consecutivo. E o Lakers ainda jogou sem Kobe
Bryant, que cumpriu o segundo e último jogo de suspensão
devido à briga com Reggie Miller na última sexta-feira.
Do outro lado, o Nets comprovou ser uma equipe bem
entrosada. Chegou a estar perdendo por 18 pontos e virou
no quarto período. Mas sem um pivô capaz de segurar a
fúria de Shaq, não conseguiu evitar a derrota.
Brilhante também é o trabalho do técnico Byron
Scott, responsável em grande parte pela campanha do
Nets. Já é, disparado, o principal concorrente ao prêmio
de melhor treinador da temporada. Vamos ver se
conseguirá manter o pique nos playoffs. Algo que o
Lakers conhece muito bem. Afinal, na conferência, venceu
todos os jogos no ano passado.