Até que enfim chegou o grande dia. Este início de ano, terça-feira, oito de janeiro pode marcar a grande virada histórica do futebol brasileiro. Afinal, está marcada a emissão da medida provisória que vai possibilitar a intervenção do governo na CBF.
Isto significa dizer que Ricardo Teixeira, pode perder seu cargo, desinfetar a área, para que o futebol brasileiro possa se reorganizar até a Copa do Mundo.
Como tudo no atual futebol patrício é muito nebuloso, não é fácil decifrar esse emanharado político. Pelo Governo Federal, os aliados, como o ministro Carlos Melles, juram de pés juntos que quando do acordo para “salvar o futebol”, Teixeira garantiu que deixaria o cargo, renunciaria ao posto.
Acreditando no presidente da CBF, Pelé chegou até a beijar o antigo desafeto. Ricardo Teixeira, afirma que jamais prometeu deixar a CBF. Não é difícil perceber quem está mentindo. Na verdade Teixeira apostou na impunidade. Agora, pelo resultado da CPI, agoniza acreditando num milagre.
Teixeira acredita que Joseph Blatter, presidente da FIFA, vai chegar ao ponto de ameaçar o Brasil, com a retirada da Seleção da Copa do Mundo, no caso da intervenção. O azar de Ricardo Teixeira é que o senador Álvaro Dias, presidente da CPI, tem o apoio de Pelé para explicar a situação a Blatter. O presidente da FIFA, vai ter que optar entre o inexpressivo cartola e o poderoso cabo eleitoral, que foi o maior jogador de futebol do mundo.
Se Ricardo Teixeira se safar dessa situação, desmoraliza o ministro, Pelé, o Governo Federal e o diabo a quatro. Suponhamos que Teixeira comande o Brasil, na Copa do Mundo. Em caso de uma grande campanha, como a disputa do título mundial, Ricardo Teixeira, voltará ao Brasil, como um milagreiro, um interessante cabo eleitoral. Nesse caso é provável, que os políticos, inimigos de hoje, subam no mesmo palanque pedindo votos. Afinal, estamos em ano eleitoral para presidente da República.
Atenção: Este comentário foi escrito na esperança de que hoje realmente fosse um novo dia. Agora chega a notícia de que o Governo recuou. Não editou a medida provisória e o projeto corre o risco de ser abortado. Nesse caso a desmoralização será total. É realmente uma atitude política e que envergonha quem gosta de futebol. O Governo dá uma demonstração de ser fraco, frouxo, indeciso, e mostra que não tem o mínimo interesse de mudar a história do futebol no Brasil.