Os EUA, com seu novo Time dos Pesadelos, acaba de dar uma boa esperança
à seleção brasileira. Os espíritos de Indianápolis parecem estar conspirando
a favor do verde e amarelo, como diria Zagallo. E não se surpreenda com uma
nova zebra histórica.
Então, vejamos. O técnico Hélio Rubens já declarou que ficaria bastante
feliz passando da primeira fase do Mundial. O Brasil terá pela frente Porto
Rico, Turquia e Líbano. Apenas o último colocado será eliminado. O problema
é mesmo nas oitavas-de-final, quando os três primeiros da chave do Brasil
irão se juntar aos três do grupo A, que tem potências como Iugoslávia,
Espanha e Canadá.
Como apenas quatro dos seis classificados avançam às quartas-de-final,
Hélio Rubens sabe que será muito difícil para o Brasil, com o time atual,
sonhar tão alto. Mas se o imponderável, se a cesta amiga, der uma mãozinha,
a Seleção Brasileira pode se deparar com uma revanche histórica: enfrentar
os EUA valendo vaga na semifinal.
Com um pouco de sorte, o Brasil pode terminar em quarto lugar na
primeira fase, ficando atrás dos favoritos Canadá, Iugoslávia e Turquia. Aí,
terá pela frente o primeiro colocado da outra chave, provavelmente a equipe
norte-americana, que acaba de formar o pior Dream Team de todos os tempos.
Um time que, aliás, não merece nem mesmo ser comparado a nenhum dos
anteriores.
Com exceção de Jason Kidd, que faz uma temporada brilhante no New
Jersey Nets, os demais convocados são todos de segundo escalão. Como o
veterano Reggie Miller, metido em muitas brigas e convocado apenas por ser
do time da casa, o Indiana Pacers. Ou então o pivô Raef La Frentz, que dois
dias antes de trocar o Denver pelo Dallas estava na cadeia.
Assim, com aquela boa dose de sorte, o Brasil pode ter pela frente os
EUA mais uma vez em Indianápolis. O ginásio do histórico Pan-Americano de 87
já foi demolido. Mas isso não tira nem um pouco o clima de um duelo
histórico.
E se Ânderson Varejão conseguir parar o jovem e irregular Jermaine
O'Neal; se Nenê não se intimidar diante de Antonio Davis; se Valtinho (que
Deus o ajude a ser convocado!) ao menos impedir o show de assistências de
Kidd; se Marcelinho se empenhar na marcação e deter os arremessos de Ray
Allen; e se Rogério estiver inspirado e furar a marcação de Paul Pierce,
então, quem sabe, o Brasil não irá mais uma vez surpreender o mundo?
Como
alguém já disse, não custa nada sonhar...